SBT tem arma forte para enfrentar a Globo em 2026 com futebol ao vivo
A decisão do SBT de adquirir os direitos da Copa do Mundo de 2026 pode parecer ousada à primeira vista, mas está longe de ser um risco. A emissora entende que o futebol se tornou, mais do que nunca, uma âncora de relevância para a TV aberta.
É improvável que a rede dos Abravanel ameace a hegemonia da Globo, vista pelo público como a “casa oficial” do torneio há décadas. O movimento, porém, mira outro objetivo: garantir atenção e audiência em um cenário cada vez mais fragmentado.
Os números recentes reforçam essa leitura. Em 2025, as maiores audiências da TV brasileira na Grande São Paulo vieram justamente do futebol, com destaque para jogos decisivos e partidas da Seleção.
O empate entre Equador e Brasil pelas Eliminatórias liderou médias, enquanto o pico do ano foi a final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, evidenciando o poder de mobilização do esporte ao vivo.
Nesse contexto, transmitir jogos da Seleção com narração de Galvão Bueno deixa de ser aposta e vira certeza de público. A combinação de futebol e nostalgia amplia o alcance para além da média diária do canal.
Atenção como ativo estratégico
Hoje, poucos conteúdos conseguem monopolizar a atenção como o esporte e o jornalismo. A própria Globo colheu bons resultados em coberturas especiais, como edições do Jornal Nacional em momentos excepcionais.
No fim das contas, o plano do SBT não é derrotar a Globo, mas assegurar relevância em 2026. Em uma era em que a atenção virou um bem escasso, o futebol ao vivo segue sendo uma das raras forças capazes de reunir milhões diante da TV ao mesmo tempo.
Jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Com experiência em redação, redes sociais e marketing digital. Atualmente, cursando o MBA em Marketing, Branding e Growth pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
