William Waack dá a primeira entrevista exclusiva fora da Globo: “Eu me sinto feliz hoje”

William Waack deu entrevista ao jornalista Augusto Nunes, da “Veja”

Após publicar um artigo no jornal “Folha de S. Paulo” no último domingo (14), o jornalista William Waack voltou a falar sobre o episódio que resultou em sua demissão da Globo.

Ao jornalista Augusto Nunes, da revista “Veja”, Waack reiterou o que disse no artigo de ontem: não é racista, classificou o comentário “furtado” do switcher como brincadeira e ainda usou um vocabulário “popular” para ilustrar a situação.

“Entre amigos, quem é que não fala merda? Quem é que de vez em quando não solta uma piada completamente fora do esquema e não está acreditando naquilo que está falando? Eu falei merda!”, desabafou.

William reconhece que faltou sensibilidade ao fazer a piada, principalmente por não saber que isso tomaria a proporção que tomou. Porém, culpou o ocorrido a “grupos organizados”.

“O que me preocupa é ver que esses grupos organizados estão preocupados em tirar de nós, brasileiros, uma parte importante de nosso caráter nacional, que é justamente essa capacidade de ser irreverente, brincalhão, malandro, de ser o que a gente é”, justificou.

O ex-âncora do “Jornal da Globo” garantiu estar feliz fora da Globo e adiantou que já vislumbra novos trabalhos, ainda que não tenha divulgado quais as suas exatas pretensões.

“Sinto que recuperei minha capacidade de decisão, de controle, de autonomia. São três coisas que sempre foram fundamentais (…) Eu me sinto feliz hoje. Há males que vem para bem”, disse. “Tenho mantido uma série de conversas com vários ‘atores’, tanto na mídia tradicional quanto nas novas tecnologias. E eu gostaria de dizer que são as novas tecnologias que me atraem profundamente”, confessou.

O jornalista afirmou que não deixará de ser quem é após o episódio, e disse não ser politicamente correto. “Eu quero dizer que não sou politicamente correto e nunca fui. E não serei. (…) O que eu tenho que respeitar é a dignidade, a consciência, a opinião de outras pessoas. A minha liberdade termina onde começa a do outro”, confessou ele, que não cedeu às investidas para falar sobre as conversas com a Globo, desde seu afastamento até a demissão.

“A emissora e eu chegamos a um entendimento que está no comunicado final assinado pelas duas partes. Esse entendimento supõe que as duas partes não têm o que dizer sobre o episódio em si”, completou o jornalista, que revelou que pediria desculpas aos que vazaram o vídeo na internet.

“Eu estenderia a minha mão. Eu não gosto que ninguém fique ofendido por força de alguma coisa que eu fiz, voluntária ou involuntariamente. Eu sou uma pessoa de natureza profundamente sensível e educado. Eu detesto saber que alguém por algo que eu fiz se sentiu mal. Eu teria dito isso naquela noite [do vazamento] a qualquer um deles dois”, afirmou.

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