Fernanda Torres é a principal novidade da nova temporada de “Sob Pressão“. Ela entrou na história no capítulo da última terça-feira (30).
A atriz entra na trama para ser a nova gestora do Macedão. A sua chegada vem com a despedida do personagem Samuel, de Stepan Nercessian. O ator está fora da Globo desde o início do ano quando acertou a sua ida para a Band – no mês passado, o canal do Morumbi o demitiu.
Na história, a visita de Roberto (Marcelo Serrado), assessor da secretaria de saúde, e Renata (Fernanda Torres), gestora do setor privado, inicialmente se trata de uma avaliação para a possibilidade de um aumento de verba.
Mesmo com a proposta aprovada, ela só será colocada em prática com algumas mudanças na gestão do hospital, o que impacta diretamente no cargo de Samuel.
Fernanda afirma que era fã da série como telespectadora. “Eu já era fã de ‘Sob Pressão’, uma série que atingiu um nível de realismo na televisão raro de encontrar. No meio do ano passado, Andrucha (Waddington) e Lucas (Paraizo) me falaram da importância de dar vida à corrupção nesta temporada e me convidaram pra fazer esse papel. Eu achei maravilhoso”, conta.
Torres faz mistério sobre a real índole da sua personagem. “Quando eu cheguei às primeiras leituras, havia a dúvida se ela era vilã ou não. Foi um trabalho interessante”, disse ela. “Fizemos um arco para ela ser uma pessoa com ambições no mundo da saúde, que tem uma vida muito bem-sucedida como gestora de hospitais privados, e é chamada para resolver a situação desse hospital – o Macedão”, afirma.
A personagem vai acabar envolvendo o protagonista, vivido por Julio Andrade, no esquema do hospital. “No início, ele acredita que a Renata é apenas uma burocrata, que não entende o que é o dia a dia daquele lugar. Mas ela entende de gestão. Começa a aparelhar o hospital e inaugura um novo CTI, por exemplo. Tem uma hora em que ele começa a acreditar na função dela, que acaba o envolvendo no esquema sem ele saber”, comenta.
“Eu acho que a Renata é mais profissional do que o Samuel. Ela é uma gestora moderna que se alia à corrupção profissional do sistema, dos fornecedores de equipamentos e do mercado da saúde. Samuel acaba sendo um gestor do improviso. Se está faltando um tomógrafo, ele vai lá e arruma o tomógrafo. E, entre um improviso e outro, ele também acaba tendo que pagar aquele extra a quem está envolvido. A diferença é que Renata recebe uma porcentagem em cima de tudo negocia, enquanto Samuel chega a pagar a mais para resolver os problemas do jeito dele”, completa.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].