Entrevista ao “Conversa com Bial”, o ator, cantor e compositor Eduardo Dussek revelou para Pedro Bial a sua fase com as drogas, nos anos 80, e o que o motivou a parar com o uso da cocaína.
Dussek contou que a droga o impedia de fazer qualquer coisa. “Se eu cheirasse alguma coisa, não conseguia fazer nada”, disse ele, que revelou o motivo de ter parado. “Sobrevivi porque precisava trabalhar e tinha respeito pelo trabalho“.
Eduardo afirmou que ele questionou a si próprio na hora da decisão. “Falei para mim mesmo: ‘Ou você cheira ou você trabalha. E eu decidi trabalhar e nunca mais cheirei“.
Autor de sucessos da história da música, como “Barrados No Baile” e “Cabelos Negros”, o cantor não negou que precisou diminuir o valor do cachê de seus shows por causa da crise no país. “Com essa crise, os contratantes sumiram, desapareceram. As pessoas não têm dinheiro para investir em shows“, afirmou Dussek. “Eu e meu empresário baixamos os preços para chegar mais perto do povo. Temos conseguido“.
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Eduardo Dussek encontrou um novo ofício após a morte do pai: a pintura. “Herdei as tintas dele. Estou tomando conta do acervo que ele deixou e resolvi pintar de novo. Tive uns problemas e precisava desestressar. Tenho quadros suficientes para fazer uma exposição. Estou procurando um marchand. Me chama que eu vou“.
“Essa é uma história louca. Eu achei que era loucura do meu pai, mas foi o seguinte: Depois de 60 anos da Cortina de Ferro, ele voltou a Praga, Tchecoslováquia com meu irmão que é jornalista. E beberam muito lá, meu pai ficou muito emocionado”, confidenciou.
“Um dia, eles foram no museu de Mozart. Quando meu pai chegou lá ele falou: ‘Eu me lembro dessa casa, minha casa era perto dessa casa e nós brincávamos aqui’. Eles descobriram que tinha sido uma casa de Dussek na época de Mozart , que era o bem feitor da Ópera de Praga e tinha uma mulher de 20 anos, ele tinha 60”.
“O Mozart foi expulso da Áustria porque aprontou. Mozart comia todo mundo. O que ele tinha de gênio tinha de garanhão. Ele foi para a Ópera de Praga e comeu a moça de 20 anos e ela engravidou. E o marido dela era estéreo. Então ficaram sabendo que era Mozart e foi expulso de lá e nasceu um Dussek bastardo de Mozart”, completou.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].