A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, aproveitou uma entrevista para a rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira (14), para criticar Gisele Bündchen. A crítica faz referência à declaração da modelo sobre o desmatamento no Brasil.
“Desculpe, Gisele Bündchen, você devia ser a nossa embaixadora e dizer que o seu país preserva, que o seu país está na vanguarda do mundo da preservação, e não vir aqui no Brasil meter o pau sem conhecimento de causa”, afirmou a ministra do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Tereza Cristina acrescentou ainda, ao ser questionada pelo comentarista José Luiz Tejon, sobre o alcance das críticas da topmodel em comparação com as medidas de preservação anunciadas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
“Quando a Gisele Bündchen fala que estamos desmatando, o mundo reverbera. Acho que estamos tendo um probleminhas de comunicação. É difícil essa competição comunicacional, não é não?”, questionou ele. “É verdade. É um absurdo hoje o que fazem com a imagem do Brasil. Infelizmente são maus brasileiros, [que] por algum motivo vão lá fora levar uma imagem do Brasil e do setor produtivo que não são verdadeiras”, afirmou a ministra.
Após a entrevista, o perfil oficial de Tereza no Twitter fez uma publicação mencionando o comentário e dizendo que deve enviar um convite “em breve” à modelo. Cabe lembrar que Gisele fez campanha contra a aprovação do código florestal durante o primeiro governo Dilma Rousseff e, mais recentemente, criticou o governo Michel Temer sobre um decreto que extingue a Reserva Nacional de Cobre (Renca).
“Na Jovem Pan sinalizei que a Gisele Bündchen podia ser embaixadora do Brasil para mostrar que produzimos alimentos para o mundo preservando a natureza. A modelo vai receber, em breve, convite nosso”, afirmou a ministra.
Gisele Bündchen lembra crise de ansiedade e chora ao reencontrar amigas
Gisele Bündchen foi convidada para uma entrevista no “Caldeirão do Huck” deste sábado (15). A eterna top model lembrou a rápida ascensão de destaque na carreira e como a pressão do trabalho no universo da moda desencadeou uma síndrome do pânico.
“Eu tive um ataque de pânico que durou na verdade uns nove meses. Tudo eu achava que ia morrer”, contou ela a Luciano Huck. A modelo passou pelo processo quase que em silêncio e não externalizou o problema de saúde, tanto que seus pais só souberam da verdade quando expôs a situação em seu livro.
“O pai, quando ele leu, mandou uma mensagem falando: ‘Eu não sabia que isso tava acontecendo contigo, me desculpa’. A mãe também estava toda emocionada, chorando, e eu falei: ‘Mãe, por favor, eu tinha que ter passado por isso’”, disse.
Gisele, porém, viu o momento difícil como uma oportunidade para transformar a sua vida. “Por isso que tem uma parte do livro em que eu digo que os desafios são oportunidades disfarçadas, né? Foi uma coisa que foi tão difícil na minha vida, mas que me trouxe uma outra vida, outra oportunidade pra ver a vida de uma forma diferente. Foi uma bênção na minha vida, por mais que tenha sido um dos momentos mais difíceis”, completou ela, acrescentando que a ioga foi fundamental no tratamento.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]