Marcelo Tas se envolveu em uma polêmica na internet com o editor do site The Intercept Brasil, Leandro Demori. Um comentário do jornalista na rádio CBN foi o que provocou o grande bate-boca no Twitter.
No comentário, Tas fez afirmações que o editor considerou mentirosas. O The Intercept foi o responsável pelo vazamento das mensagens atribuídas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na época juiz, em orientações para os investigadores da Lava Jato.
Na rádio, o apresentador do “Provocações”, da TV Cultura, declarou que o editor do site sugeriu ter obtido as supostas mensagens por um whistleblower (integrante de uma empresa pública ou privada que relata atos ilícitos da instituição involuntariamente). Tas destacou ainda que o The Intercept Brasil compartilhou o conteúdo com outros veículos de comunicação por pressão.
Sabendo das declarações de Marcelo Tas, Leandro Demori negou ter indicado a fonte das mensagens. “Marcelo Tas, está errado isso aí. Jamais falamos isso. E a decisão de compartilhar o material foi nossa, e isso antes de publicar as primeiras reportagens, quando procuramos o Fantástico. Essa informação é pública. Dá um Google aí. Vale correção”, escreveu no Twitter.
Tas rebateu: “Negativo, Demori. Vocês publicaram sozinhos. Depois é que acordaram para o erro cometido. Respeito a ‘interligência’ [sic] de vocês e do público. Vamos em frente com transparência e discernimento. O resto é publicidade”.
Novamente, Demori ressaltou que Marcelo Tas mentiu em sua fala no rádio. “Você disse que nós só procuramos parceiros depois de pressão pública, foi isso? Se foi, é mentira. Não cabe interpretação. Nós procuramos o Fantástico antes de publicar e já havíamos marcado com Folha”, ressaltou.
Reafirmando o seu comentário, o famoso apontou que o material na foi espalhado para outros veículos por opção do site. “Não entendeu? Eu repito: no início, o ‘Intercept’ publicou os dados sem compartilhar com nenhum veículo, com direito a teasers dos próximos capítulos à la Netflix. Depois, ao perceber o erro, usaram a Folha e a Veja como ‘parceiros’. Esses são os fatos que comentei na rádio CBN”.
A conversa caiu de nível quando veio a alfinetada. Demori se convidou para o programa de Marcelo Tas na TV Cultura. “Me chama pro seu programa de entrevista que eu explico”, pediu. “Quem sabe quando você tiver algo relevante a dizer. Você é jovem e tem talento. Boa sorte”, disparou Tas.
Confira:
Negativo, Demori. Vocês publicaram sozinhos. Depois é que acordaram para o erro cometido. Respeito a interligência de vocês e do público. Vamos em frente com transparência e discernimento. O resto é publicidade. Abs https://t.co/oK4FFAfu2s
— Marcelo Tas (@MarceloTas) July 29, 2019
Não entendeu? Eu repito: no início, o Intercept publicou os dados sem compartilhar com nenhum veículo, com direito à teasers dos próximos capítulos à la Netflix. Depois, ao perceber o erro, usaram a Folha e a Veja como “parceiros”. Esses são os fatos q comentei na rádio CBN https://t.co/rgRW9ZWVXM
— Marcelo Tas (@MarceloTas) July 29, 2019
Quem sabe quando você tiver algo relevante a dizer. Você é jovem e tem talento. Boa sorte. https://t.co/m4Dprb2RBQ
— Marcelo Tas (@MarceloTas) July 29, 2019
Marcelo Tas esnoba o “CQC” e diz que jamais voltaria a apresentar o programa
Em entrevista concedida ao canal no YouTube de Rafael Cortez, Marcelo Tas fez uma revelação que pegou muita gente de surpresa. Ao relembrar os velhos tempos de “CQC”, programa que apresentou na Band entre 2008 e 2014, o artista afirmou que jamais se submeteria a apresentar a atração novamente.
“O apresentador do ‘CQC’ não quero mais fazer”, declarou Tas, sem cerimônias. Diante da afirmação, Rafael, que também trabalhou no “Custe o Que Custar” como repórter, se mostrou intrigado.
“Mas e se o programa volta e falam ‘venha, Marcelo’?’”, questionou o humorista. Marcelo, por sua vez, se mostrou irredutível. “Mas nem se você fosse implorando até a minha mansão. Não preciso de dinheiro. Eu sempre fui muito rico”, disparou.
Durante o bate-papo, Tas falou ainda sobre os comentários de que ele teria ajudado a eleger Jair Bolsonaro como presidente do Brasil, por conta do espaço dado ao político no extinto “CQC”.
“O ‘CQC’ continua totalmente na mente das pessoas, isso é incrível. Acho isso ótimo, foi um programa que não marcou só o humor, mas o jornalismo. Trouxe um novo jeito de abordar a política. Acho um equivoco absoluto as pessoas acharem que o ‘CQC’ ajudou a eleger o Bolsonaro. Esquecem que ele foi eleito em 2018 e o ‘CQC’ terminou, pra mim, em 2014”, declarou.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].