Globo escala Fábio Assunção para interpretar pai de dependente química

Fábio Assunção

Fábio Assunção falou sobre novo trabalho na Globo (Imagem: Renato Rocha Miranda / Globo)

Fábio Assunção, que durante muitos anos lutou contra a dependência química, poderá se ver do outro lado da situação. O galã foi escalado para interpretar o pai de um adolescente que luta contra as drogas em uma nova produção da Globo.

Com um novo visual, o profissional foi entrevistado em uma live na internet e revelou a novidade. Trata-se da série “Onde Está Meu Coração”, que ainda não há previsão de estreia, mas alguns detalhes já puderam ser adiantados.

Na trama, Assunção será pai de Letícia Collin, uma médica de 30 anos que usa crack escondido de todos, incluindo amigos e familiares. “Achei incrível essa série porque vai colocar esse debate (das drogas) entre as famílias brasileiras”, revelou.

“Você vê uma família que quer dar certo, mas é atravessada por milhões desses problemas. Foi muito emocionante ter feito a série, foi o trabalho que mais me tocou. Vai ficar uma obra linda, em todos os aspectos”, completou.

Fábio Assunção ficou cinco meses imerso no processo e, agora, deu início à essa nova etapa em sua vida. Na internet, o ator criou um perfil no Twitter e publicou uma foto com o novo cabelo, anunciando: “Nova rede social, novo corte de cabelo”.

Sobre o próprio vício em drogas, Fábio não fugiu do tema e declarou: “Falar sobre o vício tem a ver com minha maturidade sobre o assunto. A questão da droga é que tem tanta coisa envolvida nela, né? É ilegal, tem aspectos religiosos, políticos”.

“É um assunto complexo porque envolve muitos interesses. Envolve segurança pública, saúde pública, não há um consenso de como deve ser abordado. As pessoas que passam por isso tendem a se isolarem, esconderem, porque o julgamento é muito grande”, disse.

“Agora eu me sinto livre. Mas eu já tive medo durante muito tempo. Mas como já fui julgado, condenado, absolvido (risos), falo à vontade, e sem pretensão de ser uma voz sobre isso. O vício, você não tem nenhum distinção, é coisa do ser humano”, continuou.

“Não tem distinção de classe, racial… São coisas que a gente bota pra fora de alguma forma. Não tem nada a ver com caráter”, afirmou. Sobre as brincadeiras que surgiram nas redes sociais no início deste ano, o ator garante que as viu de outra forma.

“Nunca uma pessoa falou pra mim: ‘Você é um drogado’. Pelo contrário, sempre foi ‘não é possível, eu preciso mandar para os meus amigos que eu te vi’. Sinto que tem uma brincadeira comigo que, de certa forma, é um carinho. Acho que humanizei, virei gente nesse processo todo”, ponderou.

Da Redação
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