As polêmicas envolvendo a herança de Gugu Liberato continuam ganhando novos desdobramentos e, em sua primeira entrevista após a morte do filho, à revista Veja, dona Maria do Céu, de 90 anos, revelou sua versão sobre a briga judicial.
VEJA ESSA
Ela e os filhos, irmãos do apresentador, estão enfrentando Rose Miriam di Matteo na Justiça e a senhora revelou como está lidando com a situação, deixando claro que possui uma ótima relação com seus três netos, principalmente com João Augusto.
“Nós nos falamos por vídeo pelo WhatsApp. O João veio passar o Natal comigo, já as meninas (Marina e Sofia) ficaram nos Estados Unidos por serem menores. A gente era uma família muito feliz“, lamentou.
E falou sobre a nora: “Nunca vou perdoar a Rose por ter mentido para mim, dizendo que iria fazer um retiro religioso enquanto largou meus netos sozinhos nos Estados Unidos para vir ao Brasil armar essa briga na Justiça“.
Segundo ela, em setembro do ano passado, Gugu promoveu uma festa de aniversário pelos seus 90 anos: “Fiz aniversário em Portugal com a família toda. O sonho dele era fazer essa festa para mim. Parece que foi se despedir dos parentes de lá“.
“Aconteceu na região de Mirandela, no distrito de Bragança, cidade onde nasceu o meu marido. O Gugu estava muito feliz. Foram meus filhos, netos, agregados. Todos os parentes de Portugal apareceram. Ao todo, recebi 110 pessoas“, contou.
“Quando o Gugu estava aqui, a família almoçava inteira na casa dele aos domingos. A comida era servida às 6 da tarde, 7 da noite. Os pratos favoritos dele eram arroz com polvo, arroz com cogumelos, nhoque com frango e caldo verde“, relembrou.
Em seguida, falou sobre a ausência de Silvio Santos no velório: “As filhas e neto dele apareceram e me foi explicado que o Silvio estava abalado e também com pneumonia. Dois dias depois do enterro, ele me ligou para prestar carinho“.
E contou a imagem que ficou do seu filho: “O Toninho ajudou muita gente sem falar nada. Eu não passo um dia sem receber visitas. Conforta ouvir histórias de pessoas que sofreram por problemas parecidos“.
“Mas a verdade é: enterrar um filho é a pior coisa do mundo. Nada fica como antes”, completou. Na mesma entrevista, dona Maria do Céu contou ainda como ficou sabendo da tragédia: “A minha filha (Aparecida) chegou em casa quando eu estava na cozinha“.
“Ela pediu que eu fosse até a sala, achei estranho. Quando me falou que o Toninho sofreu um acidente… Fomos direto ao aeroporto, eu embarquei com a roupa que estava vestindo. A confirmação da morte foi no hospital“, declarou, aos prantos.
“Não gosto de pensar nesse exato momento. Mas parecia que algo iria acontecer. Eu passava metade da semana na casa dele; a outra parte, na minha. Como eu estava com gripe, fiquei mais de uma semana na casa do Gugu“, afirmou.
“No dia anterior à viagem, ele foi até o quarto e ficou horas e horas conversando comigo. Daí ele me contou que iria sair de casa às 6 da manhã para viajar, mesmo assim eu pedi para vir se despedir. Ele foi e me beijou muito“, relembrou.
“Na saída, já na porta, eu o chamei novamente, e ele voltou para me abraçar. Ele não tinha pressa, parecia estar adivinhando. Eu só não fui para lá porque estava gripada. Fiz algo a que não estava acostumada“, relatou a mãe de Gugu.
“Pedi para ele me ligar quando chegasse a Orlando. Deu a hora em que ele já teria desembarcado, e nada. Liguei para a minha filha e disse que o Toninho não tinha ligado. ‘Será que o avião caiu?’, perguntei. Meu filho viajou e nunca mais vou“, disse ainda.
Com relação ao velório, ela explicou como tudo aconteceu: “Fui de cadeira de rodas por ter um problema de artrose no joelho esquerdo, não consigo ficar de pé por muito tempo. Aliás, para onde ele viajava, trazia algo para mim: pomada, vitamina, máquina de massagem“.
“Até o velório, não sabíamos o tamanho do meu filho. Acho que nem ele. A comoção foi muito grande. O governador de São Paulo, João Doria, se ajoelhou aos meus pés. Ganhei santos, rosários. Esse amor recebido por muitos, conhecidos e desconhecidos, me ajuda“, confidenciou.
E quanto aos dias atuais, revelou: “Eu choro muito, sempre escondido dos outros filhos. Tenho muitas saudades. À casa dele, fui apenas uma vez depois do acidente porque não tive mais coragem. A sensação de chegar e não o encontrar deixa um vazio ainda maior“.
“Fiquei revoltada no começo, mas sou católica e tenho de acreditar que Deus vai me dar forças. Rezo muito, o tempo todo. Quando começo a chorar, falo assim: ‘Meu filho, por favor, faça com que eu não chore mais’. Lá do céu, o Toninho está olhando por mim“, concluiu.
A Redação do RD1 é composta por especialistas quando o assunto é audiência da TV, novelas, famosos e notícias da TV. Conta com jornalistas que são referência há mais de 10 anos na repercussão de assuntos televisivos, referenciados e reconhecidos por famosos, profissionais da área e pelo público. Apura e publica diariamente dezenas de notícias consumidas por milhões de pessoas semanalmente. Conheça a equipe.