A posse de Regina Duarte na última quarta-feira (4) causou comentários na classe artística. Alguns saíram em defesa da atriz, agora no comando da Secretária Especial de Cultura, mas outros não levaram fé na possibilidade de mudança no relacionamento dos artistas com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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Ao jornal Extra, nomes conhecidos pelo público dividiram opiniões. Maitê Proença se manifestou com uma reflexão. “O mundo conhece o Brasil por conta do samba, da bossa nova, do carnaval, ou seja, pela cultura alegre e criativa que nos caracteriza. Como fazer para que esta cultura volte a ter seu lugar ao sol?”, declarou.
O ator Luis Lobianco enfatizou que o Brasil se tornou um dos países que mais cometeu violência contra a população LGBTI+ no mundo, dados inclusive confirmados pela ONU, e recordou ações controversas do governo contra a classe: “Em 2019, o governo tentou cancelar um edital para audiovisual com blocos temáticos no universo da diversidade citando quatro produções específicas”.
“A situação causou a demissão do então secretário da cultura, Henrique Pires, crítico ao filtro, que confirmou depois a perseguição aos projetos que foram excluídos na publicação dos contemplados. Gostaria de saber a posição da secretária Regina Duarte sobre a censura ao tema”, declarou Lobianco.
Pró-Bolsonaro, Carlos Vereza se manifestou a favor da chegada da ex-Globo no governo. “A proposta dela é pacificar a classe. Acho que esse é o caminho: sem pacificar, nada dá certo. Acho que ela pretende convocar a categoria para ouvi-la e que isso é fundamental”, alertou.
Glamour Garcia destacou que Regina Duarte sempre foi famosa por suas colocações rígidas em relação à arte, cultura e política. “É a oportunidade que ela tem de reverter isso. Espero que ela reformule toda essa visão de cultura que esse governo tem, que tenha a capacidade de fazer jus ao que trouxe glória e reconhecimento de seu trabalho”, desejou.
“A gente vive tempos bem reacionários onde é difícil ser mulher, ter atitude e usar seu poder de ação. Espero que ela não ceda às pressões em volta dela no governo”, analisou a atriz.
No ar em Amor de Mãe, Enrique Diaz foi pessimista com a possível pacificação entre artistas e Bolsonaro. “Como você pretende equacionar o trabalho na área cultural, que intrinsecamente demanda respeito à diversidade e ao florescimento do humano em direções muitas vezes não imaginadas, e portanto não domesticadas, com o contexto de um governo que justamente tem minado o pensamento em todas as esferas possíveis, em especial no retrocesso tão nítido das (des)políticas para a educação?”, questionou.
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