Rafael Cortez desabafa após 12 anos da estreia do CQC

Rafael Cortez faz desabafo sobre o extinto CQC (Imagem: Divulgação / Globo)

Rafael Cortez celebrou um momento que marcou o início da sua carreira. Em 17 de março de 2008 foi ao ar o primeiro CQC, na Band. Após 12 anos, o programa seguiu na lista entre as melhores atrações que unem política e humor da história da TV no país.

O apresentador lembrou da data comemorativa após uma publicação feita pelo ex-colega, Felipe Andreoli. “Há exatos 12 anos estreava o CQC. Não há muito o que escrever. Foi o projeto mais interessante, legal, revolucionário e desafiador que eu vivi profissionalmente até agora”, resumiu.

Emocionado, o famoso lembrou que graças ao sucesso do programa se tornou um cidadão do mundo. “Me vi em eventos internacionais como repórter; naqueles eventos que eu só via pela TV, como Oscar, convenção da ONU, festivais internacionais de cinema, etc. Viajei o mundo e conheci um monte de artistas, políticos, celebridades e influenciadores”, listou.

“Fiz entrevistas boas, ruins, tive sacadas legais, passei vergonha, acertei, errei. Foram mais de 700 matérias. Dos 8 anos em que o programa durou, estive em 6”, enfatizou, lembrando que foi esteve na primeira reportagem que foi ao ar.

Rafael Cortez lembrou que bateu de frente com nomes conhecidos da política brasileira. “Coloquei político sem-vergonha na parede e ajudei, com meus amigos do projeto, a formar uma geração de jovens que voltou a questionar Política e a se envolver com o tema como parte de suas vidas”, comemorou.

Sem citação direta aos políticos que foram eleitos em 2018, o ex-Band desabafou sobre a importância do CQC na formação política da população. “A partir disso, há quem tenha acertado e errado nos seus votos posteriores. Mas aí já não era mais com a gente. Estávamos envolvidos da cabeça aos pés em um projeto passional, envolvente, radical e que mudou a história recente da TV aberta”, declarou.

Confira:

 

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Foi o post do @andreolifelipe que me lembrou disso: inclusive, roubei a foto dele ?. Há exatos 12 anos estreava o CQC. Não há muito o que escrever. Foi o projeto mais interessante, legal, revolucionário e desafiador que eu vivi profissionalmente até agora. Com o CQC, virei Cidadão do Mundo. Me vi em eventos internacionais como repórter; naqueles eventos que eu só via pela TV, como Oscar, convenção da ONU, festivais internacionais de cinema, etc. Viajei o mundo e conheci um monte de artistas, políticos, celebridades e influenciadores. Fiz entrevistas boas, ruins, tive sacadas legais, passei vergonha, acertei, errei. Foram mais de 700 matérias. Dos 8 anos em que o programa durou, estive em 6. A primeira reportagem que foi ao ar era comigo; e quando nos despedimos, eu estava na bancada como um dos apresentadores. Foi demais! Coloquei político sem-vergonha na parede e ajudei, com meus amigos do projeto, a formar uma geração de jovens que voltou a questionar Política e a se envolver com o tema como parte de suas vidas. A partir disso, há quem tenha acertado e errado nos seus votos posteriores. Mas aí já não era mais com a gente. Estávamos envolvidos da cabeça aos pés em um projeto passional, envolvente, radical e que mudou a história recente da TV aberta. E que foi tbm a despedida do Politicamente Incorreto. O CQC era divertidamente errado e moleque, e foi fruto de uma época que acabou no Brasil e no mundo. O CQC tbm me apresentou à comédia stand-up, a que paga a maior parte das minhas contas até hoje e que me fez conhecer todo o meu país, parte do México, EUA e Japão. Me deu um nome relativamente conhecido e me tirou do amargor artístico de ser apenas mais um – eu vivi isso dos 17, qdo decidi ser artista, até os 31, quando entrei no programa. Ele redimiu todos micos que paguei e todas humilhações de artista marginal que eu vivera até ali. Com o CQC virei o jogo da minha vida financeira e consegui me impor mais na vida. Sou profundamente grato. Nunca mais haverá um projeto como esse pq nunca mais seremos os mesmos. E eu tenho certeza absoluta de que eu sou outra pessoa depois de ter integrado o “dream team” daquele projeto. Foi simplesmente demais. Valeu, CQC!

Uma publicação compartilhada por Rafael Cortez (@rafaelcortez) em 17 de Mar, 2020 às 5:14 PDT

Escrito por

Paulo Carvalho

Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].