No tocante aos índices de audiência, a Globo sempre esteve muitos degraus acima de suas concorrentes, mas, nas últimas semanas, essa distância se estendeu a campos que vão muito além dos números.
VEJA ESSA
É, no mínimo, admirável a postura da emissora carioca ante a crise causada pela pandemia do COVID-19. Todas as suas ações têm sido, até o momento, dignas de aplausos não apenas pelo resultado colhido, mas, principalmente, pela coerência com a qual parecem ter sido planejadas.
Com decisões como a reorganização de sua programação – que passou a priorizar ainda mais o jornalismo -, a Globo não somente viu sua audiência aumentar, mas fez com que a relevância de seu conteúdo disparasse.
De quebra, de forma elegante e estratégica, afastou a já idosa Ana Maria Braga – diagnosticada com câncer – dos perigos da pandemia ao licenciar o Mais Você em prol da cobertura jornalística. Em um nítido exemplo de compliance e ética profissional, a emissora não expôs a apresentadora, tampouco colocou-se como defensora de sua saúde frágil.
Ana saiu do ar silenciosamente, em prol de um propósito maior e como parte de um movimento que atingiu também outros programas da Casa. Foi poupada de manchetes alarmistas, intromissões inoportunas e pautas ancoradas por Sonia Abrão.
E o que dizer da interrupção das gravações das novelas? A chamada exibida pela emissora anunciando a paralisação e a exibição temporária de reprises certamente entra para a história como uma das melhores já concebidas pela TV brasileira.
Didaticamente, o vídeo contextualiza o espectador e mostra-lhe que até o universo da teledramaturgia precisou se adequar à atual realidade.
Ao paralisar suas novelas, a Globo movimentou o cidadão comum. Um recado mais eficaz e claro do que o de qualquer outra autoridade, incluindo-se aí o próprio presidente da República.
Como se não bastasse, a decisão de liberar determinadas atrações do Globoplay (programas infantis e antigas temporadas de Malhação, dentre outras) foi não apenas uma excelente jogada de marketing para divulgar a plataforma online, mas também a típica atitude de “publicidade bacana do Século XXI”, idealizada por profissionais especializados em tornar uma marca simpática aos olhos do público.
No tocante à conscientização e combate ao Coronavírus, a Globo é, hoje, um nítido case de sucesso que deve inspirar não apenas outras emissoras de TV, mas empresas de quaisquer áreas de atuação.
Da organização de sua grade de programação à agilidade de suas mídias sociais, a Globo prova que há muito deixou de ser apenas a “líder de audiência” para tornar-se o “referencial de competência”.
É claro que esta combinação de técnica e assertividade ainda não é o bastante para ocultar questões políticas e ideológicas como, por exemplo, a nítida aversão ao Governo Bolsonaro e a obsessão por temas progressistas. Nada, porém, que anule a genialidade global quando o assunto é gestão de crise e responsabilidade social.
Nestes e em alguns outros aspectos, a Globo, definitivamente, está em “outro patamar”.
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