Em meio à crise econômica, Band adia pagamento de dívida à Globo
Band entra em acordo com a Globo para não pagar última parcela de dívida sobre transmissão do futebol (Imagem: Divulgação – Band – Globo / Montagem – RD1)
A pandemia do novo coronavírus só fez agravar a crise econômica enfrentada pela Band, que está em situação crítica de endividamento e com fuga de receitas publicitárias nos últimos meses. Diante do cenário atual causado pela quarentena, a emissora se viu obrigada a ter que adiar alguns pagamentos das dívidas e direitos trabalhistas.
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De acordo com a coluna de Ricardo Feltrin, do UOL, a empresa atrasou a última parcela, no valor de 9 milhões de reais, de uma dívida que mantém com a Globo referente ao período no qual ambas dividiam as transmissões dos jogos de futebol.
Afogado em dívidas, o canal teve que abrir mão da parceria e ainda ficou com uma bronca no valor de R$ 135 milhões a ser revista, a qual já foi paga cerca de 94%. O restante que falta será pago mais para frente, após um acordo com a Globo, que aceitou esperar pela quitação.
Neste momento de recessão, a Band passou a fazer inúmeras manobras para honrar as suas contas. Recentemente, por exemplo, ela anunciou um corte de 25% para os contratados em regime de Pessoa Jurídica, que recebam vencimentos acima de R$ 10 mil, e agora a tesoura vai entrar em ação também aqueles funcionários em regime de CLT (carteira assinada).
Colaboradores ouvidos pela coluna de Feltrin confirmaram que a companhia estuda fazer o reajuste nos salários, por tempo determinado, mas que os valores descontados não serão repostos, posteriormente.
A iniciativa, porém, está no âmbito da discussão e não houve um consenso se isso realmente irá acontecer ou se haverá uma faixa salarial que ficará isenta do corte.
Por enquanto, a emissora sofre com a queda vertiginosa dos seus anunciantes. Uma das suas maiores receitas, a Marabraz suspendeu investimentos publicitários algo em torno de R$ 30 milhões. Ações de merchandising dentro dos programas da casa também têm sido subtraídas, assim como os horários vendidos à Igreja Internacional da Graça, que há anos ocupa o horário nobre da emissora, e tem pedido para renegociar o “aluguel” devido a dificuldades financeiras.
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