Advogado trans lança “kit gay” com Fernanda Gentil e marido de Paulo Gustavo

Advogado trans cria “kit gay” com apoio de Fernanda Gentil e marido de Paulo Gustavo (Imagem: Reprodução / Instagram)

Em celebração ao Dia Internacional da Luta contra a Homofobia, celebrado no dia 17 de maio, o advogado transgênero não-binário Fêh Oliveira decidiu lançar uma obra que traz informações sobre as leis vigentes no Brasil destinadas ao público LGBTQI+. Chamada de Kit Gay, o projeto conta com o apoio de Fernanda Gentil e de Thales Bretas, marido de Paulo Gustavo.

Fê, que mora no Rio, registrou o domínio kitgay.org.br e disponibilizou o material à venda na plataforma Hotmart. Em entrevista ao jornal Extra, ele explicou o objetivo da plataforma.

Pretendo que que esse ‘Kit Gay’seja uma obra de referência, que sirva como instrumento de luta por direitos. Resolvi criá-lo para empoderar pessoas sobre a existência de seus direitos e obrigar o poder público a efetivá-los. Já temos muita legislação, o que falta é cumprir a lei. Trata-se de uma obra jurídica, a primeira a sistematizar a nível nacional, toda a legislação aplicável à pessoas LGBT“, disse o advogado.

Ao ser questionado sobre como surgiu a ideia do kit gay, Fê revelou: “Ao longo da história, a comunidade LGBT tem ressignificado diversos termos antes considerados pejorativos como uma estratégia de resistência, o que aconteceu com a palavra ‘viado’, por exemplo, que antes expressava vergonha e hoje é motivo de orgulho e empoderamento”.

“De tanto o Presidente da República esbravejar a existência de um famigerado ‘kit gay’, eu resolvi criá-lo, não para servir como um instrumento de doutrinação e sim para empoderar pessoas sobre a existência de seus direitos e obrigar o poder público, incluído aí o próprio Presidente Bolsonaro, a efetivá-los”, continuou.

Para ele, a ideia é que a obra seja uma referência e que sirva como instrumento de luta por direitos. Sobre a tentativa de apoio do Governo para a proposta, o advogado destacou:

Sim, em todos os âmbitos possíveis, a nível federal existe uma Diretoria subordinada à Ministra Damares, que nada faz; no âmbito estadual, o Governador Wilson Witzel ainda mantém na gestão das demandas LGBT+ pessoas ligadas ao antigo governador Sérgio Cabra, e no município do Rio, a Coordenadoria Especial da Diversidade está aparelhada pelo fundamentalismo religioso. Em nenhum dos âmbitos consegui qualquer apoio porque não temos nenhum chefe do poder executivo verdadeiramente comprometidos com os direitos LGBT+“.

O apoio de celebridades seria fundamental na divulgação do projeto, mas apenas dois abraçaram a causa. “Procurei diversas celebridades que se dizem apoiadoras da comunidade LGBT+ para falar sobre a criação do instituto de combate à LGBTfobia na internet, no entanto, as únicas que mostraram-se verdadeiramente compromissadas com a causa foram a apresentadora Fernanda Gentil, que foi convidada para ser a madrinha do Instituto e o dermatologista Thales Bretas (marido do ator Paulo Gustavo) nosso padrinho“, ressaltou.

Da Redação
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