Após reagir contra vídeo de reunião, José Luiz Datena decidiu desabafar sobre o título de porta-voz de Jair Bolsonaro (sem partido). Durante o Brasil Urgente, da Band, desta segunda-feira (25), o apresentador afirmou que não defende o presidente da República e que é imparcial.
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“Quero dar um recado aqui que eu não sou ativista político, sou jornalista. De manhã na rádio entrevistei o [João] Doria e levei um cacete, pois fui chamado de comunista. À tarde, entrevistei o [Jair] Bolsonaro e me ligaram dizendo que virei puxa-saco dele. Quero dizer que não sou de direita, esquerda nem de centro. Eu sou pela Constituição e sou jornalista”, disparou ele.
O jornalista ainda garantiu: “A questão específica sobre ter dito que não entrevistaria mais o presidente não é política, eu sou um jornalista isento. Não carrego bandeira de ninguém. Nunca fui porta-voz do Bolsonaro e nunca serei de ninguém. Nunca fui do Lula, Temer, Dilma e Collor”.
“Não sou inimigo do presidente. [Não entrevistar o Bolsonaro] É até uma forma de preservar o bom relacionamento que tive com ele, tanto que ele não falou coisa nenhuma sobre aquilo que falei. Não tenho nada contra ele, mas não gostei do que o cara da Caixa falou”, completou Datena.
Não sou ativista político. Não sou de direita, nem de esquerda, nem de centro. Sou jornalista. #BrasilUrgente pic.twitter.com/XkYmacpfZt
— Datena (@DatenaOficial) May 25, 2020
Na última sexta-feira (22), o apresentador reclamou ao vivo após a divulgação do vídeo da reunião ministerial em que Bolsonaro, conforme acusação de seu ex-ministro Sergio Moro, sugere intervenção na Polícia Federal.
A bronca aconteceu porque a gravação contava com uma citação à Band, por parte de Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal. Inconformado, o apresentador “rompeu relações” com o político.
O famoso reagiu, voraz: “Aí vem o cara numa reunião ministerial com o presidente da República e diz ‘o pessoal da Band quer dinheiro’. Se você deu dinheiro para alguém aqui da Band, Pedro, você indique para quem você deu, que com certeza essa pessoa vai ser demitida, se não foi uma coisa legal, se não foi mídia técnica. E do jeito que você colocou tem dúbia interpretação. Ou você prevaricou, e o Bolsonaro devia te mandar embora hoje”.
No final do seu discurso, ele ainda mandou um recado ao presidente: “Eu não quero mais entrevistar o senhor Presidente da República depois de uma atitude dessas. […] Com todo respeito que tenho a ele, ao cargo dele, eu me permito nunca mais fazer uma entrevista com ele. Até pedi ontem, gentilmente, uma entrevista a ele. […] Ele disse: ‘ô, Datena, tô muito preocupado com essa fita e por isso não vou dar entrevista’”.
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