Adriana Araújo falou sobre a sua nova fase na Record e abriu o jogo sobre divergências na redação, mas negou qualquer climão com a chefia. Fora da bancada do Jornal da Record após 14 anos, a jornalista assumiu a função de âncora/repórter do Repórter Record Investigação. Antes da estreia em estúdio, ela passou oito dias gravando no sertão.
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“Para que eu possa atuar como âncora do Repórter Record Investigação e também como repórter, me propus a fazer a primeira matéria antes da estreia”, afirmou em entrevista ao UOL. “Depois que o programa começa, com gravações semanais em estúdio, fica difícil viajar. Foram 8 dias intensos de captação, comendo marmita fria de mandioca e batata doce no sertão, mas valeu a pena”, garantiu.
A famosa não deu detalhes do conteúdo do programa de estreia, mas deu pistas para uma possível denúncia social. “Essa viagem me reconectou com minha alma de repórter, para contar as histórias de quem não tem escolhas, brasileiros esquecidos. A denúncia social é a principal proposta do Repórter Record Investigação e isso me motiva e desafia”, disse.
Longe do trabalho nas ruas, a ida para o jornalístico rendeu lembranças: “Mesmo como apresentadora sempre me senti repórter, sempre que possível fui para as coberturas especiais como o resgate de mineiros no Chile, em 2010; o terremoto no Japão, em 2011; o impeachment da Dilma; e a eleição de Donald Trump. A última cobertura como âncora e repórter foi o Pan do Peru”.
Empolgada, a contratada da emissora paulista mencionou o público e a expectativa de que ele esteja com ela na nova empreitada. “Acredito que o carinho do público segue comigo onde eu estiver, porque foi um carinho conquistado com trabalho, muito trabalho, e responsabilidade. Recebo tantos comentários nas redes sociais de boa sorte, de uma torcida genuína, que fico comovida e agradeço. Esse é o maior prêmio para um jornalista, seja na rua ou na bancada”, desabafou.
Sobre um possível clima ruim na redação do JR, Adriana Araújo alertou para divergências. “Jornalismo é debate, discussão sobre a abordagem de cada pauta, é natural que surjam divergências; não se concorda com tudo sempre. Mas a Record compreendeu plenamente meu desejo de buscar outros caminhos e me ofereceu a oportunidade de trabalhar com uma das equipes mais premiadas da TV brasileira que é a equipe do ‘Repórter Record Investigação’. É uma honra e uma grande responsabilidade. Vou me dedicar ao máximo”, desconversou.
Na conversa, a ex-Globo citou a amizade com o jornalista Celso Freitas. “Amadureci como profissional, tive oportunidade de participar de todas as grandes coberturas jornalísticas no Brasil e no exterior. E ainda trabalhei ao lado um grande parceiro de bancada, Celso Freitas, que se tornou um amigo. Foi uma convivência de 14 anos marcada pela lealdade e por muito aprendizado”, ressaltou.
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