Advogado de Najila Trindade questiona delegada em caso Neymar

Najila Trindade
Advogado de Najila Trindade protesta contra conclusão do inquérito em caso de estupro contra Neymar Jr (Imagem: Reprodução/Record)

O advogado de Najila Trindade, Cosme Araújo dos Santos, no caso no qual a modelo acusa o jogador Neymar de estupro, questionou a conclusão do inquérito que não indiciou o atleta nas denúncias feitas por ela.

Ele ainda disse ao UOL Esporte que não teve a anexação das provas, como o vídeo da chegada e saída do craque ao hotel, no qual a sua cliente estava hospedada em Paris e onde supostamente aconteceu o crime. 

“Se realmente é verdade, a defesa de Najila encara como um absurdo o que está vendo porque, de maneira inusitada tendo a delegada pedido prorrogação para concluir o inquérito policial, resolve [encerrar a investigação], sem as diligências citadas, a exemplo da ausência do vídeo que, segundo informações, estaria por vir de Paris”, afirmou ao site.

Cosme considera que as imagens poderiam comprovar o depoimento de Najila que teria levantado que o atacante estava alterado e agressivo. Por isso, ele reclama do inquérito assinado pela delegada Juliana Bussacos, da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo.

Diante das declarações, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo emitiu uma nota, assinada pela presidente Raquel Kobashi Gallinati, na qual informou que toda a decisão de um delegado é revestida de embasamento jurídico.

“A defesa repudia uma entrevista de uma autoridade de um caso que já está sub judice, ou seja, já houve manifestação do juiz e poderá ter uma instrução criminal. A posição desta entrevista poderá ser influência negativa para vítima. Mais que isto, jogar a opinião pública mais uma vez contra a alegada vítima”, diz o comunicado. 

Cosme ainda reclamou do fato do Ministério Público poder pedir novos investigações sobre o fato para a Polícia Civil. Ele acredita que as respostas podem comprometer a isenção da delegada, caso as novas providências sejam requisitadas. “Mesmo sem indiciamento do acusado, não pode a delegada dar entrevista em coletiva para toda a imprensa sob um inquérito policial sigiloso onde poderá ter novos desfechos e o Ministério Público pode pedir diligências”, opinou a defesa de Najila. 

O advogado disse também que o vídeo, que estaria no celular e em um tablet que sumiu na decorrer do caso, não tinha imagens que pudessem contornar o caso, mas foi utilizado para jogar a opinião pública contra a suposta vítima. “Aquilo ali foi o que fez a opinião pública passar a considerar Najila uma pessoa mentirosa. Foi por conta de algo que não somaria à investigação”, analisou. 

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