A Jovem Pan segue enfrentando problemas na Justiça e poderá ser envolvida em uma delação premiada que o tenente-coronel Mauro Cid está negociando.
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De acordo com informações do F5, o ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quer falar da relação do político com veículos da imprensa alinhados ao político.
O acordo feito por Mauro Cid, que está preso há alguns meses, foi homologado no fim de semana pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A publicação ressaltou que a ideia do ajudante de ordens de Bolsonaro é apontar a proximidade do antigo governante com a Jovem Pan. O canal de notícias, como é sabido, tinha um casting com muitos apoiadores públicos do ex-presidente.
Na delação, o militar deverá contar como ajudava o político a combinar as entrevistas com a Jovem Pan.
Além disso, ele também deverá dar detalhes a respeito do contato direto que mantinha com comentaristas e repórteres do canal de notícias.
A ideia, segundo a publicação, é que ele mantinha contato para fazer um alinhamento de discurso, como se fosse um assessor de imprensa do ex-governante do país.
Mauro Cid pretende abordar em delação premiada na Polícia Federal a relação financeira com empresários, jornalistas e donos de órgãos de imprensa ligados à extrema-direita.
Bolsonaro foi figura carimbada da Jovem Pan
O canal de notícias nunca escondeu, nos últimos quatro anos, que estava alinhada ao presidente da ocasião. Bolsonaro, inclusive, cedeu diversas entrevistas.
O político, por sua vez, fugia das conversas com a Globo ou veículos do grupo carioca, que era tido como grande rival dele.
Recentemente, o jornal Folha informou que, nos últimos quadro anos, a Jovem Pan conseguiu contratos que somaram R$ 18,8 milhões. A empresa foi 12ª com mais verbas de publicidade federal.
Em comunicado enviado ao F5, a Jovem Pan declarou que “se exime, por ora, de qualquer pronunciamento ou manifestação”.
