Nome forte do jornalismo cearense, em especial o esportivo, Alan Neto morreu nesta quarta-feira (3), aos 83 anos. Colunista de O Povo, o profissional fez história pelo seu jeito irreverente de noticiar. Ele estava internado desde janeiro após um acidente em casa.
Em quase 60 anos de carreira, o famoso escreveu para jornais e portais de notícias, esteve à frente de programas de rádio, na TV e no YouTube.
Alan Neto fez história no jornalismo
O jornalista virou uma grande estrela no país graças ao Trem Bala. No esportivo, ele marcou gerações com bordões e memes na internet. Ele deixa esposa, uma filha e uma neta.
Alan Neto foi um dos nomes mais importantes do jornalismo esportivo no rádio, no jornal, na internet e na TV.
Dono de bordões marcantes, o veterano se tornou um sucesso nas redes sociais por suas declarações firmes com doses de humor. Magno Navarro chegou a imitá-lo na TV.
Na época, o jovem jornalista fazia parte do Tá Na Área, do SporTV. “Não tive tempo de realizar o meu sonho de conhecê-lo, mas fico feliz de tê-lo homenageado em alguns vídeos que fiz imitando-o. Que Deus conforte a todos os familiares e amigos”, desabafou no Twitter.
Relembre os bordões de Alan Neto:
“Olha o dedo do Trem Bala! E gira, gira, gira”
Trata-se do bordão mais conhecido de Alan Neto, o “dedo do Trem Bala”, sendo o mais utilizado por ele para dar destaque aos pontos feitos pelos colegas de bancada, com base em críticas aos técnicos, jogadores ou dirigentes de Ceará e Fortaleza.
“Se o futebol cearense não existisse teria que ser inventado”
O apresentador tinha o costume de repetir a frase quando noticiava situações inusitadas ou vistas apenas no futebol cearense, dentro ou fora de campo.
“Isso é uma pândega”
Recheado de frases de efeito, Alan citava o termo “pândega” para falar de qualquer notícia inusitada.
“Não para nem a pau e nem a bala”
O comunicador tinha o prazer de destacar o seu trabalho no comando de Trem Bala, que só tinha um curto período de férias durante as festas de fim de ano. Por isso, falava que o programa era uma locomotiva e não parava por nada.
“Alô, alô! Cadê você, Trem Bala?”
Alan Neto chamava repórteres que entravam pela própria alcunha para que pudessem entrar no ar.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].