O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) protocolou na última quinta-feira (19) o pedido de impeachment que prometeu nas últimas semanas contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O parlamentar listou seis crimes na denúncia contra o “capitão”.
VEJA ESSA
Para o tucano, o presidente cometeu crime de responsabilidade pelo apoio e convocação dos protestos contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 15; crime contra a segurança nacional, por incitação e chamamento à manifestação contra a Constituição; crime contra a administração pública, por atacar as jornalistas Patrícia Campos, da Folha de S. Paulo, e Vera Magalhães, do O Estado de S. Paulo; e crime contra a saúde pública, quando Bolsonaro confraternizou com protestantes na porta do Palácio da Alvorada.
Segundo a revista Veja, Frota argumentou na denúncia que o Chefe de Estado “foi notoriamente apoiado por movimento de extrema direita que, após sua eleição, passaram a imputar os insucessos do Governo às supostas dificuldades provocados pelos demais Poderes, Legislativo e Judiciário”.
O político prosseguiu e destacou que os “movimentos de extrema direita vêm ameaçando as instituições democráticas brasileiras, com apologia ao fechamento do Congresso Nacional e do STF”.
Ainda de acordo com a reportagem, o documento enviado por Alexandre para a Câmara contou com frases de Rui Barbosa e Mahatma Gandhi. Ao todo, a denúncia foi feita ao longo de 38 páginas. Com o pedido de impeachment, Bolsonaro já recebeu três em apenas uma semana.
Segundo o Congresso em Foco, o primeiro foi protocolado pelo deputado da Assembleia Legislativa do Distrito Federal, Leandro Grass (Rede-DF). O segundo foi feito por deputados, vereador e um prefeito do PSOL. A decisão, no entanto, não foi feita pela Executiva Nacional da sigla. Em todos eles, os políticos destacaram a convocação do presidente para que a população saísse às ruas no protesto do último dia 15, contra o Congresso e o STF.
