Apresentador do SporTV, André Rizek saiu em defesa de Carol Solberg, jogadora de vôlei de praia que gritou “fora, Bolsonaro!” durante o Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia no último final de semana. Para o jornalista, se o jogador Felipe Melo “pode gritar a favor” do governo, Carol pode “gritar contra”.
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“Que Felipe Melo possa gritar a favor do presidente e Carol possa gritar contra. Que aqueles que não queiram gritar, silenciem. O que não dá é impor ao atleta que não tenha opinião sobre o mundo em que vive. Impor a alienação é posição política também: a mais radical que existe”, desabafou o famoso no Twitter na noite da última segunda-feira (21).
Sem entendimento do assunto, um internauta pró-governo disse que o governo “tem o direito de cortar” o patrocínio da jogadora. “Simples, assim como tem o direito de se manifestar, o governo tem o direito de cortar o patrocínio do Banco do Brasil dessa modalidade… tem que ser muito acéfala para protestar contra o próprio patrocinador”, atacou.
Rizek rebateu o comentário do seguidor e destacou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não tem o direito de cortar verba pública por “razões políticas”. “O governo não tem o direito de cortar uma verba pública (nosso dinheiro) por razões políticas. Isso é uso indevido de verba pública. Deve se pautar por critérios técnicos e não políticos. Governos passam…”, avisou.
A Confederação Brasileira de Vôlei, que é patrocinada desde 1991 pelo Banco do Brasil, divulgou nota condenando a atitude de Carol, garantindo que “tomará providencias para que episódios como este não se repitam”. A entidade não disse na nota que medidas serão estas e nem se incluirá qualquer tipo de advertência à atleta.
Na partida, Solberg usou um top com a marca do Banco do Brasil porque, no torneio do final de semana e como é usual na modalidade, a parte de cima do uniforme é fornecido pelo organizador (no caso, a CBV). A atleta não é patrocinada pelo Banco do Brasil.
Confira:
Que Felipe Melo possa gritar a favor do presidente e Carol possa gritar contra. Que aqueles que não queiram gritar, silenciem. O que não dá é impor ao atleta que não tenha opinião sobre o mundo em que vive. Impor a alienação é posição política também: a mais radical que existe.
— André Rizek (@andrizek) September 21, 2020
