Andreia Horta recorda início de carreira e desrespeito em set

Andreia Horta
Andreia Horta recordou trabalhos antigos (Imagem: Reprodução / Instagram)

Nome importante na TV e no cinema, Andreia Horta nem sempre contou com o prestígio que possui atualmente. Em conversa com Cazé Pecini, no canal Meu Nome é Correria, a atriz revelou que já passou por momentos desagradáveis nos bastidores de alguns trabalhos.

“Tinha muita humilhação. Não era maneiro. Algumas experiências foram incríveis, inesquecíveis, guardo com carinho até hoje. E outras eu não guardo com nenhum carinho”, confessou.

“Algumas coisas relacionadas à maneira como a gente era tratado às vezes, sabe? Na prova de roupa, nas condições de trabalho, o lanche que era servido, a quantidade de horas“, recordou.

“Não sei como está hoje porque é um mercado com o qual não tenho mais contato”, disse Horta, que passou a colocar limite em situações do tipo.

“Em 2022, hoje, essas discussões ganharam muito corpo, muita consciência, muito estudo. A voz dos humilhados e ofendidos se levantou e regulou um pouco como as coisas devem ser”, declarou.

“Então, é possível que nessa minha época, de 2001 a 2006, dos meus 18 aos 21 anos, também eu ainda uma menina, entendendo como me defender, como me posicionar, como dizer ‘não pode falar comigo assim’, ‘assim você não vai falar comigo’, eu ia para o banheiro e chorava“, lamentou Andreia Horta, que detalhou:

“Você está ali, precisa fazer aquela parada, entendeu? É honesto, você vai dali para a faculdade, vai dali para a aula (…) Houve uma situação de eu dizer ‘estou indo embora porque não sou obrigada’. E eu dura, fo***, cagada. E eu precisava daquele cachêzinho de figurante. E (na situação, aconteceu) de eu dizer assim: ‘Vai se fo***, você não vai falar comigo assim. Vou embora e rasgar esse papel aí que eu assinei'”.

“Hoje acredito mesmo que as coisas mudaram muito. Era um tempo politicamente incorreto”, destacou.

Andreia Horta recorda trabalho antigo

Em seguida, a artista, que esteve no ar há pouco tempo em Um Lugar ao Sol, contou como fazia para se sustentar no passado:

“Eu morava em Santo André. Na peça, a gente não ganhava nem um centavo. O que entrava de bilheteria era para pagar os técnicos (…) Eu fazia uma receita de bolo de laranja da minha mãe, que era facinho (…) E aí eu vendia a R$ 1 o pedaço na época”.

“Embrulhava no papel alumínio e vendia na porta do centro cultural (…) Então, teve esse bolo que fiquei vendendo um tempo, vendia para a galera do elenco, para o pessoal do centro cultural. Até ganhar a freguesia, de a galera saber que o bolo era honesto e bom, levou o tempo da temporada”, recordou.

“Mas quando acabou a faculdade, eu estava com vontade de ter alguma coisa autoral. Eu precisava gerar a renda de uma coisa sem ter que pagar para ninguém. Peguei tudo o que tinha escrito nos caderninhos (…) e fiquei vendendo na rua”, completou.

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Carol BittencourtCarol Bittencourt
Brasileira vivendo em Portugal, Caroline Bittencourt é jornalista, pós-graduada em Comunicação e Design Digital. Atua como redatora e produtora de conteúdo para as redes sociais. Colabora com o RD1 desde 2018. Ama viajar, seja chegando em um novo destino ou em frente à TV assistindo uma boa série.