A modelo Andressa Urach, de 34 anos, resolveu desabafar nesta quarta-feira (12) sobre todo o sofrimento que, segundo ela, passou enquanto frequentava a igreja Universal do Reino de Deus.
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A ex-vice miss bumbum, na live, afirmou que tem lutado por muito tempo contra seu transtorno de personalidade borderline e que a doença se agravou mais ainda durante o tempo que estava na igreja.
“Durante muitos anos eu resisti ao tratamento médico e tinha uma fé burra, achava que poderia ser demônio. Minha mãe e meu marido não aceitavam minha doença. Eu passei seis anos na igreja, e passei por uma decepção muito grande com eles”, começou.
Andressa Urach, que espera seu segundo filho, se decepcionou com a Universal porque o templo religioso quase a levou à loucura, além de ter levado boa parte dos seus bens financeiros.
“Sabe quando algo é sua razão de viver? Essa ruptura, esse mal que aconteceu, quase me levou à loucura”.
Além disso, ela, que afirmou que o marido estava cuidando de todas suas finanças, revelou que esses problemas pioraram, principalmente, porque ela sempre foi uma pessoa da mídia.
“Isso trouxe muitos problemas para o meu casamento também por ser uma pessoa pública. Eu sei que não sou nada, mas muitas pessoas me conhecem, e eu passo por muitos julgamentos”.
Andressa Urach compreende que transtorno não é só espiritual
Durante o processo de internação por causa do hidrogel, a entrada na Universal e o tempo que ficou sendo fiel, a modelo comenta que se entregou 100% e não compreendeu o quanto estava mergulhada no fanatismo religioso.
“Eu me entreguei demais, e tudo que é demais é ruim na nossa vida. Precisa ter equilíbrio. Eu mergulhei no fanatismo da religião e me excluí do mundo. Tinha tanto medo de pecar contra Deus”.
“Tinha medo de ir ao médico porque muitas vezes a gente é orientado que alguns problemas e doenças são demônios. Eu sei que existe o mundo espiritual, acredito nisso, mas nem tudo são espíritos. Tem coisa que realmente é o nosso corpo, nosso organismo e nossas células”.
O depoimento bastante forte ainda foi reforçado com desabafo sobre o preconceito que sofreu durante a sua passagem pela igreja e, também, pessoas de fora que não entendiam a sua fé.
“Eu sofria esse preconceito, tinha medo de explodir com as pessoas e dar mau testemunho. Eu continuo amando Jesus e acredito em milagres, mas nem sempre eles acontecem. Algumas pessoas pedem e não recebem. Então não é adequado não tomar medicação, não é uma fé inteligente colocar a saúde em risco”.
Brenda Viana é formada em Jornalismo e Rádio & TV. Apaixonada pelo mundo da moda e televisão. Reality show é o seu ponto fraco. Pode ser encontrada nas redes sociais por @brenda_viannaf.