A morte de Rita Lee, no começo do mês, ainda repercute muito. Antes de morrer, a cantora deixou pronta uma autobiografia, que está sendo lançada agora. No texto, ela disse que cogitou a eutanásia.
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A eterna rainha do rock nacional, que faleceu aos 75 anos, relatou em Rita Lee: Outra Biografia, novo livro sobre a história dela, que pensou no procedimento após ser diagnosticada com câncer no pulmão em 2021.
“Disse a ele (médico) que minha vida tinha sido maravilhosa e que, por mim, tomava o ‘chazinho da meia-noite’ para ir desta para melhor”, garantiu.
A famosa ainda descreveu: “Que me deixassem fazer uma passagem digna, sem dor, rápida e consciente. Queria estar atenta para logo recomeçar meu caminho em outra dimensão. Sou totalmente favorável à eutanásia. Morrer com dignidade é preciso”.
Rita Lee tinha um motivo bem claro pelo qual não queria fazer o tratamento com radio e quimioterapia. Ela disse que viu o sofrimento da mãe, Romilda Jones, também vítima de câncer.
O marido, Roberto de Carvalho, e seus três filhos, deram um apoio essencial para que ela mudasse de ideia sobre o assunto.
“O amor dos boys Carvalho/Lee me fez optar por aceitar fazer o tratamento, porque, se fosse por mim, adeus mundo cruel na boa”, completou.
Rita Lee descreve momento da quimioterapia
Ao longo do livro, Rita também falou muito sobre espiritualidade e a crença da vida em outra dimensão aparecem.
Ela explicou, por exemplo, que o dia seguinte da quimio a fez ficar com o corpo todo dolorido, momento comparado por ela como se tivesse lutado com Mike Tyson.
A artista detalhou, porém, que, de repente, sentiu a felicidade de estar viva: “É um jorro de luz que me envolve por segundos”.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]