Antonio Fagundes foi o convidado do Provoca, da TV Cultura, desta terça-feira (6), e abriu o jogo sobre as eleições deste ano e a polarização pela qual o Brasil passa. O ator aproveitou e alfinetou o presidente Jair Bolsonaro (PL), além de ter comentado sobre antigas campanhas que fez ao PT.
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“Eu sempre pensei nessa coisa do segundo turno. O segundo turno sempre me chateou um pouquinho, porque ele sempre leva para a radicalização de alguma forma, mesmo que não tivesse essa radicalização é um ou outro. É sempre [a escolha] do menos pior”, opinou.
O artista ainda ressaltou: “No primeiro turno, você votou com a sua consciência, naquele candidato que você acha que vai te representar melhor, enquanto no segundo turno, talvez não seja aquele candidato e você é obrigado a fazer isso”.
“Eu sempre achei que o segundo turno deveria ter três candidatos. Se tivessem três candidatos a gente acabaria com uma radicalização e teríamos a possibilidade de continuar votando com a consciência”, disparou.
Antonio Fagundes, então, comentou que essa ideia nunca foi colocada em prática porque não é do interesse de quem está no poder.
Questionado por Marcelo Tas se já teria um candidato preferido, o veterano garantiu: “Estou pensando ainda, porque realmente a gente tem um problema grave pela frente”.
“Temos dois candidatos que são as maiores rejeições da história política do país, mas a gente precisa resolver algumas coisas. Uma delas é voltar ao caminho democrático, não podemos deixar que as coisas saiam desse caminho”, declarou o ator, em referência ao atual chefe do Executivo.
Antonio Fagundes fala sobre apoio antigo ao PT
O artista ressaltou que os brasileiros possuem outros candidatos fora a radicalização entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula (PT): “São interessantes para a gente pensar. Ainda não me decidi”.
Tas lembrou que Fagundes teve um período em que foi muito engajado, usando estrela do PT e fazendo campanha. “Fiz algumas campanhas. Eu parei de fazer campanha porque eu percebi que a gente ajudava muito a colocar o cidadão no poder e depois não temos mais esse poder”, disse.
“As coisas começam a acontecer e você não é consultado para saber se você continua apoiando. Não é consultado mais se está certo aquilo ali. É um tipo de intromissão que a gente faz onde a gente é mais usado do que qualquer outra coisa”, disparou.
Ele completou: “Eu resolvi parar de ser usado. Continuo tendo a minha consciência política, continuo pensando nas coisas politicamente, me posicionando e votando”.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]