Antonio Fagundes faz declaração polêmica sobre séries americanas e explica motivo

Antonio Fagundes é uma das principais referências da teledramaturgia brasileira e esteve presente em grandes clássicos na TV. Em entrevista ao Gshow, o ator revelou que Renascer, de 1993, foi a produção que marcou a sua carreira.

“Tem uma novela que eu realmente sou apaixonado por ela… e por um acaso eu fiz essa novela, mas de qualquer forma é uma novela que eu sou apaixonado, que é Renascer. É uma novela do Benedito Ruy Barbosa e que também é uma dessas novelas que toda vez que é reprisada, faz um enorme sucesso”, contou o veterano, que ainda alfinetou produções americanas e europeias:

“A teledramaturgia brasileira é uma das melhores do mundo. Os americanos e europeus vieram beber aqui na nossa fonte a forma de fazer novela. Hoje em dia, uma série é quase uma novela”.

Fagundes pontuou ainda que os formatos dos episódios das séries são semelhantes ao final de um capítulo das novelas: “Ela mantém uma história mestre correndo durante todos os episódios, tem um suspense de um capítulo pro outro, enfim… tem uma estrutura dramatúrgica igual a da novela, que os estrangeiros todos vieram beber aqui“.

Apesar de achar que as telenovelas brasileiras são referências, Antonio ressaltou que hoje estão dispersas dramaturgicamente. “Quando você pega as novelas daquela época, você pega novelas estruturadas de uma forma fantástica. As histórias são contadas como o autor queria que elas fossem contadas. E, naturalmente, com poucos personagens, com poucos cenários… e as cenas às vezes duram 10 minutos”, ressaltou.

Em seguida, Fagundes analisou que as características antigas não são mais vistas nas tramas: “É uma coisa que você não acha mais hoje em teledramaturgia. Uma cena de um minuto hoje em dia é uma cena enorme em televisão“, apontou o famoso, que ainda destacou o sucesso que as novelas antigas fazem até hoje.

“Vem da fórmula dramatúrgica que elas usavam, que é diferente das de hoje. O fato de essas novelas antigas estarem fazendo sucesso é porque elas nos permitem descansar dessa loucura que a gente vem vivendo de uns anos para cá”.