Apesar de Bolsonaro, Globo vale mais que Caixa e Banco do Brasil e se aproxima da Petrobras

Globo
Campanha de Bolsonaro não faz efeito, e Globo segue uma adversária poderosa (Imagem: Reprodução / Montagem)

Alvo frequente de críticas por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL/RJ) e de seus simpatizantes, a Globo é um osso duro de roer, apesar das ações que visam asfixiar o canal – a diminuição da propaganda estatal e a fúria da Receita Federal contra o elenco da casa, por exemplo.

A Kantar, em parceria com o Meio & Mensagem, divulgou nesta semana o ranking BrandZ 50 Marcas Brasileiras Mais Valiosas, considerando o período 2021/2022, e o plim plim é a única rede de Televisão presente na relação.

Além disso, a Globo vale quase o triplo da Caixa Econômica Federal e mais que o dobro do Banco do Brasil, marcas que Bolsonaro fez questão de sumir dos intervalos do canal da família Marinho, ao mesmo tempo que as direcionou para “parceiras” como Record, SBT e RedeTV!.

E se valer mais que os dois maiores bancos públicos do país já é algo e tanto, a Globo também se aproxima da menina dos olhos do bolsonarismo, a Petrobras. Segundo esse mesmo levantamento, a gigante de energia, cujo o acionista majoritário é a União, está na oitava posição, enquanto que a emissora, na décima primeira.

A posição da Globo, por si só, chama a atenção apesar da fervorosa campanha liderada por Bolsonaro. Desde que assumiu a presidência da República, o presidente prometeu que não “daria dinheiro para a Globo”, e proibiu o patrocínio de estatais aos produtos do conglomerado.

Em contrapartida, as receitas de Record, SBT e RedeTV! dispararam no mesmo período. Para se ter uma ideia, segunda colocada em audiência, a rede de Edir Macedo chegou a receber quase o triplo de propaganda governamental da Globo, líder de audiência com mais que o dobro dos números da rival.

Ainda que Bolsonaro e apoiadores insistam na fake news que os cortes e ajustes promovidos pela direção da Globo nos últimos tempos, a partir do projeto Uma Só Globo, são consequência do “sumiço” dos anúncios, a publicidade governamental respondia por menos de 4% da receita anual do canal.

Recentemente, sob Fábio Faria, ministro das Comunicações e marido de Patrícia Abravanel, a Globo voltou a liderar o repasse das verbas, seguindo o que determina a lei. Ainda assim, o emissora carioca recebe pouco mais do que é destinado ao SBT e à Record, cujas as audiências somadas não fazem cócegas na líder.

Abaixo, o ranking completo das 50 marcas mais valiosas do Brasil:

(Imagem: Reprodução / Meio & Mensagem)

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João Paulo Dell SantoJoão Paulo Dell Santo
João Paulo Dell Santo consome TV e a leva a sério desde que se entende por gente. Em 2009 transformou esse prazer em ofício e o exerceu em alguns sites. No RD1, já foi colunista, editor-chefe, diretor de redação e desde 2015 voltou a chefiar a equipe. Pode ser encontrado nas redes sociais através do @jpdellsanto ou pelo email [email protected].