A Globo emitiu um comunicado no início da tarde desta sexta-feira (28), e oficializou o fim do contrato com Regina Duarte. Parceira da emissora por mais de 50 anos, a atriz aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro para o comando da Secretaria Especial de Cultura.
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Na nota enviada à imprensa, a assessoria do canal carioca anunciou que as partes “encerraram, em comum acordo, a relação contratual de mais de 50 anos de sucessos” por causa da “decisão da atriz de assumir a Secretaria Especial de Cultura do Governo Bolsonaro”.
Regina teceu elogios à Globo e destacou que considerava a empresa como sua casa paterna. “Aqui recebi carinho, ensinamentos e tive a oportunidade de interpretar personagens extraordinárias, reveladoras do DNA da mulher brasileira”, declarou.
“Por mais de cinquenta anos sinto que pude viver, com a grande maioria do povo brasileiro, um caso de amor que, agora sei, é para sempre”, continuou a veterana de 73 anos, que recebeu o convite durante uma ligação de Bolsonaro no dia 17 de janeiro.
Grata pelos mais de 50 anos na emissora, Regina Duarte encerrou o capítulo e anunciou um novo. “Que Deus me ilumine para que eu possa agora, na Secretaria Especial de Cultura do Governo Bolsonaro”, desejou, ressaltando que sua missão será honrar seus aprendizados “em benefício das Artes e das Expressões Culturais da população do meu país”.
Regina Duarte estreou na Globo em 1969, na novela Véu de Noiva. Nos anos seguintes, a atriz deu vida a papéis marcantes da teledramaturgia brasileira, como a artista plástica Simone em Selva de Pedra (1972).
Por conta de suas personagens, Regina Duarte ganhou o apelido de Namoradinha do Brasil e também viveu o ícone da emancipação feminina do fim dos anos 70, com a protagonista de Malu Mulher, em 1979.
A atriz viveu a inconfundível Viúva Porcina em Roque Santeiro (1985), um dos maiores sucessos de audiência da história. Outra atuação marcante de Regina foi Rachel Acioly de Vale Tudo (1988).
Em Chiquinha Gonzaga, de 1999, interpretou, com a filha Gabriela Duarte, a grande musicista brasileira. A atriz conquistou, por três vezes, o papel mais emblemático da obra de Manoel Carlos: a Helena. Ela interpretou a personagem em História de Amor (1995), Por Amor (1997) e Páginas da Vida (2006).
Ao todo foram 31 novelas, oito casos especiais e centenas de participações especiais em episódios em séries e minisséries na Globo.
