Um post feito no Instagram pelo repórter Phelipe Siani, e que incluiu dois cinegrafistas, foi considerado como um “merchandising” de um hotel e levou a Globo baixar uma ordem para os profissionais durante a cobertura do Carnaval este ano. Contratados do jornalismo da emissora são proibidos perante acordo a fazer propagandas, mesmo em seus perfis pessoais.
De acordo com o jornalista Daniel Castro, o novo decreto, assinado pela Diretora de Jornalismo de São Paulo Cristiana Piasentini, proíbe que jornalistas publiquem fotos e vídeos enquanto estiverem nos sambódromos. A norma começou a valer a partir desta sexta-feira (1°), no primeiro dia dos desfiles das escolas de samba de São Paulo.
O pedido foi feito durante uma reunião com 30 jornalistas na última terça-feira (26). A ideia é evitar que os funcionários confundam a proposta de fazer uma transmissão mais informal, e que fuja ao padrão, para uma cobertura “despadronizada”. O receio é que excessos nas redes sociais possam ser entendidos pelo público como falta de profissionalismo.
Segundo a publicação, dois emails anônimos recebidos pela diretora há algumas semanas, “denunciavam” o namorado de Mari Palma, sobre merchans em seu perfil no Instagram, com o propósito de conseguir regalias. Após o caso, o registro foi editado e a citação ao hotel foi retirada.
A mensagem ainda entregava dois cinegrafistas: um deles trabalhou numa reportagem pré-Carnaval com uma fantasia de bailarina; já o outro usou uma máscara em uma imagem feita durante a gravação de um videoclipe, numa atividade fora da Globo – o que não é permitido segundo as normas da emissora.
Cliques de repórteres caindo na folia no último fim de semana também acenderam o sinal amarelo dentro do canal dos Marinho; as publicações foram vistas como não condizentes com a imagem de jornalistas sérios.
Cabe ressaltar que, desde o ano passado, a Globo atualizou seus Princípios Editoriais, trazendo normas claras sobre o comportamento de seus profissionais em redes sociais. A decisão ocorreu após episódios considerados indevidos, como check-ins em estabelecimentos comerciais. Também foram proibidas expressões de preferências políticas em grupos de WhatsApp e outros canais, como Instagram e Facebook.
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