Composto por megaempresários do varejo, investimentos e demais setores, os tubarões que fazem parte do Shark Tank Brasil veem a atual situação do Brasil, e do mundo, com bons olhos. Os cinco nomes da atração do Canal Sony, que estreia a quinta temporada do programa nesta sexta (20), analisaram o processo atual pelo qual o Brasil vem atravessando diante da pandemia de Covid-19.
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De acordo com José Carlos Semenzato, a esperança por uma reforma administrativa e tributária se faz necessária para uma renovação na política: “Eu citei um exemplo quando o [ex-]presidente [Michel] Temer conseguiu fazer a reforma trabalhista, ou parte dela, que foi fundamental naquele momento e nós empresários sentimos os benefícios, mas não consigo ver estas mudanças para que o Brasil tivesse um crescimento acima de todas as expectativas”.
“Mas como brasileiro, que acredito no meu país e que tenho todos os meus negócios aqui, vou continuar teimoso e insistindo para que tenhamos estas mudanças e um ambiente melhor para nós. Precisamos levantar uma bandeira para que os nossos representantes, e eu falo do povo, que clame por estas reformas para que tenhamos anos mais favoráveis para as empresas”, destacou.
Camila Farani ressaltou que dados do Sebrae apontam que as pequenas empresas não chegam ao quinto ano de vida no mercado por conta da falta de organização. “Naturalmente, quando se olha para o cenário que estamos vivendo, é importante dizer que a transformação deve ser social. Nós, da iniciativa privada, vamos continuar investindo em nosso país”, informou Farani.
“Se cada um fizer a nossa parte, impactaremos mais o número de grandes empresas que impactará mais o nosso país”, concluiu. Carol Paiffa destacou que existe o otimismo em relação à melhoria da economia do país diante da queda brusca da taxa de juros.
“A queda da taxa de juros aumentos muito o número de investidores, que aumenta em start-ups, negócios e a tomar dinheiro do mercado. O dinheiro ficou mais barato, o que é uma ótima notícia. Sobre o que Semenzato falou sobre as reformas e as notícias ligadas ao teto de gastos do Governo para o ano que vem, há uma movimentação e, desde 2007, não há uma entrada tão grande de investidores como a que ocorreu na semana passada”, comentou.
“Temos uma retomada, sim, dos investidores do país o que reaquece a economia e investidores olham o Brasil como um país barato, trazendo dinheiro para a economia. Isso, desde que o governo cumpra com o papel de fazer as coisas sejam de credibilidade para os investidores. Isso que temos que pressionar para ocorrer. Outro aspecto é que nunca se falou tanto sobre economia e sobre dinheiro, pois educação financeira é essencial para que tudo possa prosperar. Se continuarmos com uma população de endividados, não há governo que salve”, ressaltou.
Aprendizados financeiros
Em um papo aleatório durante a entrevista, Caito Maia indagou os colegas sobre como obtiveram um ‘feeling’ de negócios em suas carreiras. José Carlos Semenzato começou dizendo que sempre recebeu muitas ideias por suas equipes e que começou a estudar os empreendedores.
“Eu dou 30 minutos para que o empreendedor venda seu negócio, quando já está em uma fase, já passou por um crivo de apresentação pro e-mail, agora na presencial, que é a hora que você vai ver o DNA, a forma como ele enxerga o negócio, entusiasmo etc. E eu transportei isso pro Shark Tank de forma natural sem fazer adaptação”, contou Semenzato.
Camila Farani destacou que, desde a primeira temporada, teve mudança em sua visão para com os negócios apresentados na atração. “Na primeira temporada eu era muito mais tentada pela emoção. Atualmente, tenho uma emoção conectada aos números que dá uma visão mais racional das coisas. Eu tento trazer essa racionalidade ligada aos negócios e com a evolução das empresas que a curadoria ia fazendo dos negócios”, ressaltou.
Appolinário fez questão de enfatizar a observação dos empreendedores e nos termos utilizados durante as apresentações. “Toda proposta ali no programa, passa por uma averiguação, que é regra do programa. Uma avaliação daquilo tudo que foi falado e prometido, pois a pessoa acaba falando ou prometendo coisas que são inverídicas por não ter se preparado o suficiente para fazer um pitch. É muito importante, nesse momento, saber que elas já se prepararam para a apresentação. Então, ressalto a educação no empreendedorismo que é a proposta do Shark Tank”, finalizou João.
“Eu comecei muito na emoção total, mas depois eu trouxe a mistura dos dois. A solidez do negócio que para em pé com a emoção. Essa foi a minha mudança de visão durante o programa”, contou Caito Maia.
Reuber Diirr é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do 17º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Globo ES), teve passagens pela Record News ES, TV Gazeta ES e RedeTV! SP. Além disso, produz conteúdo multimídia para o Instagram, Twitter, Facebook e Youtube do RD1. Acompanhe os eventos com famosos clique aqui!