Os movimentos sociais que lutam pela representatividade racial, bem como de outras naturezas, nas mais diversas searas da sociedade tem impactado também o meio televisivo.
De acordo com um levantamento realizado pelo colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, há exatamente 46 personalidades negras atualmente no ar na programação da Rede Globo, entre atores e apresentadores.
Considerando-se somente os atores que integram o elenco das novelas em cartaz na emissora, esse número pouco se reduz, somando 35.
São destaques Fabrício Boliveira, como o controvertido Roberval de “Segundo Sol”; Micael Borges, o vilão Lalá de “O Tempo Não Para”, na faixa das 19h; e Bukassa Kabengele, intérprete do diretor escolar Marcelo em “Malhação – Vidas Brasileiras”.
Essa representatividade deve aumentar ainda mais a partir do primeiro semestre de 2019, para quando estão previstas as estreias de “Dandara”, musical com elenco majoritariamente negro, e “Besouro”, série protagonizada por um herói afro-brasileiro.
A marca, expressiva, contrasta com a polêmica causada pela falta de negros em “Segundo Sol”, o que motivou uma série de críticas ao folhetim de João Emanuel Carneiro. Ambientada na mais negra cidade brasileira, Salvador, a trama é majoritariamente composta por artistas brancos, o que desagradou o coletivo negro.
