Após fala de Zé Neto, MP investiga 24 cidades por realização de shows com dinheiro público

Zé Neto

MP inicia investigação após manifestação de Zé Neto contra Anitta (Imagem: Reprodução / Instagram)

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso determinou o início de uma apuração sobre a contratação de artistas por 24 prefeituras do estado com dinheiro público. A investigação ganhou força depois da polêmica de Zé Neto contra Anitta.

Cantores sertanejos e de outros gêneros entraram na mira do MP por conta de seus cachês em eventos comemorativos como aniversários e feriados de cada município. Segundo o UOL, a investigação foi iniciada após a repercussão dos comentários de Zé Neto em um show na cidade de Sorriso (MT).

O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges Pereira, anexou no despacho matérias da imprensa envolvendo a realização dos shows e os valores pagos pelas prefeituras.

“Circulam em veículos de imprensa nacional e local notícias sobre atrações artísticas musicais contratadas para eventos em municípios mato-grossenses, segundo indicam, custeados com recursos públicos”, informou.

Até o momento, eventos em Gaúcha do Norte, Porto Alegre do Norte, Figueirópolis D’Oeste, Sorriso, Nortelândia, Salto do Céu, Alto Taquari, Novo São Joaquim, Nova Mutum, Sapezal, Canarana, Acorizal, Brasnorte, Água Boa, São José do Xingu, Vera, Barra do Garças, Juína, Querência, Bom Jesus do Araguaia, Santa Carmem, Matupá, Nova Canaã do Norte e Novo Horizonte do Norte entraram na lista da apuração do MP.

Fala de Zé Neto contra Anitta inicia crise no clã sertanejo

No show em Sorriso, Zé Neto interrompeu o roteiro do evento e mandou uma indireta para Anitta, que há alguns meses surpreendeu com uma tatuagem feita em sua parte íntima:

“Estamos aqui em Sorriso, Mato Grosso, um dos estados que sustentou o Brasil durante a pandemia. Não somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet. Nosso cachê quem paga é o povo. A gente não precisa fazer tatuagem no ‘toba’ para mostrar se a gente está bem ou mal. A gente simplesmente vem aqui e canta, e o Brasil inteiro canta com a gente”.

A fala rendeu enorme polêmica nas redes sociais e abriu margem para uma investigação envolvendo o uso de verbas públicas em shows sertanejos. Em 25 de maio, o Ministério Público de Roraima abriu investigação sobre a contratação de Gusttavo Lima na cidade de São Luiz, com cachê fixado em R$ 800 mil.

Em outro show, desta vez em Magé (RJ), Lima pediu um cachê de R$ 1 milhão. O cachê entrou na mira do Ministério Público do Rio de Janeiro. Em Conceição do Mato Dentro (MG), um show do sertanejo foi cancelado. O cantor pediu R$ 1,2 milhão. A apresentação de Bruno e Marrone também foi cancelada.

Da Redação
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