Após Marco Pigossi, Adriana Birolli desabafa sobre atuação em Fina Estampa

A reprise da novela Fina Estampa (2011) no horário nobre da Globo continua dividindo opiniões entre os atores que fizeram parte dela, nove anos depois de sua exibição original, e após Marco Pigossi apontar falhas na própria performance, agora foi a vez de Adriana Birolli.

Intérprete da personagem Patrícia, ela conversou com a Quem e revelou: “É minha primeira reprise que assisto. Estreou primeiro Fina Estampa e depois Totalmente Demais (2015). Está sendo muito divertido, porque tem um distanciamento do tempo“.

“Óbvio, que eu olho as cenas e falo: ‘como que eu fiz isso?’ Eu assistia quando estava no ar, mas faz 10 anos, estou com 33 anos e tinha 23 na época. Mas é normal se autocriticar, porque a gente quer melhorar, evoluir artisticamente“, declarou.

Apesar de estar no ar em duas reprises, ela explicou que continua no mercado: “Não estou contratada. A gente tem um trabalho agora e depois quanto tempo a gente fica sem trabalhar para poder voltar novamente? Ainda mais hoje em dia“.

“Às vezes já tem um trabalho gravado e nem pode gravar um outro. É uma complicação muito grande. As pessoas têm a ilusão de pensar que está todo mundo bem e não está. Mas elas não têm esse conhecimento“, refletiu Adriana Birolli.

“Quando a gente fala de classe artística, acho muito importante deixar frisado que não somos todos milionários e nem vivemos só de glamour. Tem muita luta. Quando se fala de cultura, nós fomos os primeiro a parar e os últimos a voltar“, desabafou.

“A gente está tendo uma dificuldade enorme. Quando se fala em arte, as pessoas costumam pensar no grande cantor ou em quem tem contrato com uma grande emissora e não entende que existe uma quantidade enorme de pessoas que trabalha para um evento desses acontecer e depende disso para sobreviver e para sustentar a família“, relatou.

“Essas pessoas estão sendo muito prejudicadas… Isso me preocupa muito. Essas pessoas estão em casa sem receber porque a gente não trabalha com contrato de carteira assinada. A gente trabalha por evento. São milhares de famílias sem sustento“, completou.