Após matéria sobre Boate Kiss, William Bonner compara tragédia com mortos por Covid-19

William Bonner
William Bonner desabafa durante o Jornal Nacional sobre as vítimas da Covid-19 (Imagem: Reprodução / Globo)

William Bonner voltou ao comando do Jornal Nacional, assim como Renata Vasconcellos, e fez um comentário fora do roteiro da edição da última segunda-feira (5), sobre as vítimas da Covid-19.

O desabafo veio à tona após uma reportagem sobre a tragédia da Boate Kiss. Há oito anos, na madrugada de 27 de janeiro de 2013, a boate localizada em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, foi consumida por um incêndio.

A tragédia interrompeu a vida de 242 pessoas e deixou 636 feridos, a maioria jovens. A reportagem foi feita após a Justiça ter marcado a data do julgamento dos quatro réus do incêndio: Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão.

O juiz responsável pelo julgamento, Orlando Faccini Neto, informou que a realização na data marcada vai depender da evolução da vacinação contra o coronavírus. O local do júri na capital não está definido, mas deve acontecer em maio.

Os quatro réus respondem por homicídio simples 242 vezes consumado e 636 vezes tentado. O julgamento foi marcado para 1º de dezembro. Após a matéria, Bonner comparou os números com as vítimas da Covid-19. “O coronavírus, por dia, está fazendo ai mais de dez vezes isso de vítimas no Brasil”, disse.

Em março, William Bonner desmentiu uma informação dada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que atacou prefeitos e governadores por causa das medidas de restrição contra a Covid-19.

“O presidente chamou de estado de sítio o toque de recolher, o que não é verdade”, esclareceu o âncora. “Na verdade, em casos de emergência de saúde pública, a Lei 13.979 concede às três esferas de governo o direito de adotar medidas restritivas, como isolamento, quarentena, restrição a locomoções, entre muitas outras”, apontou.

“É nessa lei que o governador Ibaneis Rocha e todos os demais governadores tem se baseado para decretar, por exemplo, o toque de recolher. E não o estado de sítio, como informou, erroneamente, o presidente da República”, declarou Bonner.

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Paulo CarvalhoPaulo Carvalho
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].