Após perdas, Franklin David revela que pensou em tirar a própria vida

Franklin David

Franklin David teve quadro grave de depressão (Imagem: Reprodução / Instagram)

Passando pelo terceiro luto em três anos, Franklin David perdeu a mãe na última quinta-feira (14). Mesmo triste, o apresentador comandou o Tricotando e dedicou o programa à ela.

Essa luta já vinha há três anos, que foi quando descobrimos que a minha mãe estava com câncer. Foi exatamente um mês após o falecimento do meu pai/avô, em abril de 2017. Em maio de 2018 faleceu minha avó e em meio a tudo isso minha mãe enfrentava com muita garra todas as sessões de quimioterapia e radioterapia“, contou David em entrevista à coluna de Fábia Oliveira.

É um processo muito doloroso para quem está com a doença e para quem está em volta. O câncer da minha mãe foi na faringe e aos poucos privou minha mãe de comer, de beber e até de dormir, porque com o crescimento do tumor as dores aumentavam cada vez mais e nem a medicação conseguia segurar. Eu tenho muita sorte de ter uma irmã como a minha, que foi quem ficou com a minha mãe enquanto eu trabalhava. Sofremos e não foi pouco”, afirmou o apresentador.

A minha mãe faleceu na última quinta-feira. Estava à caminho da emissora quando recebi a notícia. É aquele baque onde o chão realmente se abre. Só que como já vinha fazendo, eu priorizava a vontade da minha mãe, então foi quando me perguntei o que ela queria que eu fizesse naquele momento… Foi aí que decidi ir pra emissora apresentar o programa em homenagem a ela“, explicou.

Com tantos acontecimentos fortes em sua volta, Franklin David teve um quadro de depressão grave. “Fui ao fundo do poço. Com tudo isso que vivi eu acabei cuidando de todo mundo, menos de mim. Quando me dei conta já estava tomado de angústia, tristeza, pensei em não seguir adiante e interromper minha própria vida. E não tenho vergonha de dizer isso, porque sei que posso ajudar outras pessoas mostrando que dei a volta por cima. O primeiro passo é você reconhecer que não está bem, o segundo é pedir ajuda. Eu infelizmente só me dei conta disso após uma crise de pânico“, confessou.

Ou era buscar a ajuda de um psiquiatra ou eu não estaria mais aqui pra fazer esse relato. Passei a tomar remédios, fazer terapia e buscar fazer coisas que me causassem bem-estar. Os remédios me fizeram mal, porque me tirava completamente do meu estado normal: ficava grogue, apático, fazia com que eu não me sentisse angustiado, triste, mas também não me deixava sentir mais nada. Então abri mão dos remédios e me agarrei na terapia, na prática de esportes, meditação. A minha fé com tudo isso ficou abalada também, então eu questionava a existência de Deus. E ninguém consegue viver sem fé, mesmo que seja pra não acreditar em nada, você precisa acreditar em algo. Então busquei ajuda no centro espírita, me identifiquei”, disse o apresentador.

Mesmo sem a devida intenção, Franklin contou que foi ajudado por Deborah Secco: “E diante das perdas, eu precisava de algo que desse sentido à elas, foi lá que eu encontrei. E a Deborah Secco, durante uma entrevista em que a questionava sobre os altos e baixos de sua vida, me disse uma frase que eu nunca mais esqueci, que foi a seguinte:As vezes a gente precisa ir no fundo do poço para descobrir que lá tem uma mola que impulsiona a gente pra cima’. Tenho certeza que ela não faz ideia disso, mas sem querer ela me ajudou muito naquele momento. Hoje estou bem e vejo que a dor, por pior que ela seja, nos torna mais fortes“.

Da Redação
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