Felipe Neto debochou dos cantores sertanejos que seguem o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL) e são críticos à Lei Rouanet. O comentário do famoso foi feito a respeito das investigações sobre cachê de R$ 800 mil pago pela Prefeitura de São Luís (RR) a Gusttavo Lima.
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“O lance é só a hipocrisia do ‘não preciso da Lei Rouanet’, mas mamar nas tetas de dinheiro público todo dia”, escreveu o youtuber em resposta a um dos seus seguidores no Twitter.
Antes disso, Felipe Neto chegou a utilizar o seu perfil para compartilhar uma notícia sobre as apurações do Ministério Público sobre o cachê do Embaixador, equivalente a 266 vezes o teto da Rouanet.
“Se o MP começar a investigar todo show pago com dinheiro público, acho que vai dar um ruim. E acho que quem motivou isso tudo foi o tal do Zé Neto com aquele ‘não precisamos da Lei Rouanet'”, declarou o influencer.
O famoso fez referência à polêmica em que a dupla de Cristiano atacou tanto a legislação quanto Anitta durante um show.
Na época, o cantor disse: “Nós somos artistas e não dependemos de Lei Rouanet, nosso cachê quem paga é o povo. A gente não precisa fazer tatuagem no ‘toba’ para mostrar se está bem ou não”.
Felipe Neto chegou a ser questionado por um internauta se os artistas realmente seriam responsabilizados pelos valores.
“Normalmente, nesses casos, se ocorrer alguma irregularidade na contratação, quem responde, além do agente público, é a agência contratada. A prefeitura contrata a agência, que, daí, contrata o artista. Ou seja, muitas vezes, em tese, não tem um responsável“, declarou um seguidor.
O famoso completou: “Mas eu duvido que os artistas tenham responsabilidade, mesmo, jamais disse isso. O lance é só a hipocrisia do ‘não preciso de Lei Rouanet’, mas mamar nas tetas de dinheiro público todo dia”.
Globo mostra polêmica citada por Felipe Neto
Nos últimos dias, a emissora carioca, por meio do RJ2, mostrou que um show de Gusttavo Lima no município de Magé, no Rio de Janeiro, foi quase o mesmo valor da merenda escolar da cidade. Ao vivo, o jornalista Edimilson Ávila foi até o telão e mostrou os valores impressionantes.
A prefeitura da cidade liberou R$ 1.138.891,94 para alimentação escolar e nutrição para os alunos das escolas de Magé. O show artístico com o cantor custou aos cofres público R$ 1.004.000,00. Uma diferença de 134.891,94.
A Globo mostrou que o valor cobrado para o show principal do artista, fiel ao presidente, custou dez vezes mais que todo o investimento programado pela prefeitura em atividades em atividades artística e culturais para o ano inteiro.
A prefeitura pensou em uma grande festa em comemoração aos 457 anos da cidade da Baixada Fluminense. Enquanto Lima custou R$ 1 milhão, Belo cobrou R$ 180 mil, Marcelo Falcão R$ 180 mil, Pastora Midian Lima R$ 75 mil e Comunidade Shalon R$ 70 mil.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]