Ricardo Japinha, então baterista do CMP 22, não resistiu aos escândalos envolvendo seu nome num suposto caso de pedofilia, e a banda anunciou seu desligamento na última segunda-feira (17). O comunicado, assinado pelo vocalista, Fernando Badauí, afirma que a conduta do músico não condiz com o que o grupo acredita.
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“Em 1995, o Wally me chamou pra montar o CPM que depois se tornaria CPM 22. Desde então, isso passou a ser a minha razão de viver, assim como a oportunidade de poder expor meus ideais, o que acredito, o que me incomoda, o que me deixa feliz, as frustrações, o amor. A banda se tornou profissional, caímos na estrada, foi e está sendo a realização de um sonho, mas com isso, mesmo sendo algo sensacional, vem o desgaste, a convivência e as divergências. Isso é normal, desde que não ponha em risco o principal motivo de estarmos aqui, o CPM 22. Cada integrante que saiu da banda, saiu por alguma razão e estamos passando de novo pela mesma situação“, iniciou o cantor.
Em seguida, ele argumentou: “Depois de sermos surpreendidos com o teor das questões relacionadas ao nosso baterista Ricardo Japinha, tentamos entender realmente o que significava isso tudo e chegamos à conclusão que esse tipo de conduta não condiz com o que acreditamos e com o que a banda defende. Dito isto, venho aqui comunicar que, após uma conversa franca, entre nós, olho no olho, o Japinha está sendo desligado do CPM 22. Nossas decisões sempre foram e sempre serão tomadas para o melhor da banda, como instituição. Todos cometemos erros, mas alguns, infelizmente comprometem uma relação! Agradecemos de coração e o desejamos sorte! Quem quiser seguir com o CPM 22, vamos com tudo! Essa banda faz parte de mais da metade da minha vida e às vezes temos que tomar decisões difíceis. Se não tivéssemos enfrentado cada situação, boa ou ruim, com seriedade, não estaríamos completando 1/4 de século de existência! Bom, é isso, aguardem as novidades! Fiquem em paz!“.
Japinha já havia sido afastado, mas, com o desligamento definitivo, ele também optou por se manifestar no Instagram.
“Estou muito feliz em receber tantas mensagens de apoio e carinho que estão me dando neste momento e lembrem-se: o Japinha está mais vivo do que nunca e quero muito continuar tendo todo esse carinho de todos. No entanto, quero pedir com todo amor que têm por mim e que a recíproca é toda verdadeira, pois sem vocês o Japinha não existiria, para que deixem de compartilhar textos agressivos frente a qualquer dos membros da banda CPM 22, pois embora tenhamos tido divergências, o meu amor pela banda será eterno, afinal são 21 anos de CPM 22 e a banda estará eternamente tatuada em minha alma! Seguirei em frente e conto única e exclusivamente com o APOIO E CARINHO INCONDICIONAL de todos vocês para novos projetos e quero muito poder abraçar cada qual de vocês em um futuro breve. No entanto, espero que todos estejam se preservando, se cuidando e com saúde plena neste momento tão delicado na vida de todos nós, com esta pandemia seríssima“, escreveu.
Para quem não sabe, uma conversa de 2012 entre Japinha e uma suposta fã foi publicada no perfil Exposed Emo no Twitter. O músico afirmou ao G1 que as imagens do diálogo eram verdadeiras. “Estava rolando um clima meio de paquera, porque ela estava puxando papo comigo. Ela veio me procurar. Aí eu perguntei se ela tinha namorado. Ela falou que sim. Aí eu recuei. Brinquei e falei que não, eu tinha ciúmes. E aí ela falou que tinha 16 também, aí que eu recuei mais. Eu não tenho essa mania. Eu não gosto“, disse ele, na época.
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