Após troca do Globocop, repórteres se recusam a voar em nova aeronave

Walace Lara
O repórter Walace Lara foi um dos repórteres da Globo São Paulo que se recusou a voar em novo Globocop, por não achar aeronave segura (Imagem: Reprodução/GloboNews)

A Globo decidiu trocar os modelos do Globocop em São Paulo e no Rio de Janeiro. O antigo helicóptero Esquilo AS350 B2 foi substituído pelo Robinson R44. A aeronave é menor e também custa menos nos gastos de combustível e manutenção. A medida foi tomada para reduzir os custos, mas a mudança não agradou a todos os colaboradores.

De acordo com o Notícias da TV, pelo menos três repórteres não se sentiram seguros em voar com o novo veiculo. A troca aconteceu desde o primeiro dia de 2021, e o pedido foi atendido neste primeiro momento.

Wallace Lara, César Galvão e Janaina Lepri teriam solicitado para não serem escalados a voar no novo Globocop. A chefia da sede da emissora em São Paulo acatou os apelos, até porque também não ficaram satisfeitos com a mudança.

Os profissionais escalados para voar elegem a decolagem como o momento mais crítico do voo. Logo em sua primeira semana de uso, uma equipe passou por um momento tenso justamente na hora de levantar voo ainda no pátio do canal. A aeronave não conseguiu subir e era puxada para baixo, o que deixou os profissionais apavorados.

Especialistas em helicópteros informa que a decolagem dos dois modelos é semelhante, porém, o Esquilo conta com um motor mais potente. Mais pesado, o Robinson tem encontrado dificuldades para levantar voo do principal heliponto, localizado na área térrea da empresa. A decolagem costuma ter mais tranquila no topo do prédio. 

A troca do helicóptero faz parte do fim do contrato da Helisul com a Globo. A empresa prestava serviços há mais de dez anos e o acordo encerrado no último 31 de dezembro não foi renovado. Com isso, toda a equipe de pilotagem foi trocada por profissionais mais inexperientes e também mais baratos.

O novo modelo já estava em uso em outras praças da emissora desde 2017 como Belo Horizonte e Pernambuco, onde chegou a cair em 2018, durante um voo com tempo nublado e chuvoso –três pessoas morreram. No ano passado, uma máquina do Recife também teve que fazer um pouso forçado, após sofrer um problema técnico. Procurada pelo NTV, a Globo não se pronunciou sobre o caso.

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