Depois que Regina Duarte decidiu aceitar o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria Especial de Cultura, a Globo vem informando, em todos os seus telejornais, que está negociando para encerrar o vínculo da atriz. Esta coluna teve, então, a curiosidade de pedir à emissora uma posição sobre o contrato de Gabriela Duarte.
VEJA ESSA
E a notícia é boa para os fãs da intérprete de Maria Eduarda em Por Amor (1997). Mesmo após o desligamento da mãe, Gabriela segue fazendo parte do casting da Globo. A assessoria ressaltou que os contratos são individuais e que a saída da veterana em nada irá afetar o contrato de Gabriela Duarte.
Ao longo das últimas décadas, mãe e filha já participaram juntas de algumas produções que marcaram a história da TV. Repetiram a parceria da vida real em Por Amor, de Manoel Carlos, novela que fez estrondoso sucesso no Vale a Pena Ver de Novo no ano passado.
Poucos meses após o fim da trama sobre a emblemática troca de bebês, elas compartilharam a missão de interpretar a ilustre compositora Chiquinha Gonzaga em diferentes fases da vida. A minissérie homônima foi ao ar em 1999.
Tal qual a mãe, Gabriela se tornou uma presença bissexta no vídeo. Na TV, seu trabalho mais recente foi na novela Orgulho e Paixão, de 2018, onde viveu Julieta, a baronesa do Café.
Ambições políticas
O questionamento sobre o contrato de Gabriela Duarte foi inspirado na situação de Angélica. Desde que o interesse de Luciano Huck em se lançar candidato à presidência da República começou a ganhar espaço, colegas da imprensa noticiaram que a apresentadora também teria que deixar a emissora, de acordo com as diretrizes da política interna da Globo.
Este teria sido, inclusive, um dos principais motivos pelos quais o seu novo programa ainda não entrou no ar. Mesmo sem um posicionamento oficial de Huck, porém, a primeira temporada da atração, que mesclará esquetes com histórias de superação, será produzida.
A estreia, de acordo com declarações da própria Angélica, está prevista para abril. A colunista Patrícia Kogut crava, inclusive, que ela deverá voltar para o mesmo horário do extinto Estrelas, antecedendo ao Caldeirão.
O Logo de Eva
A coluna publica, em primeira mão, aquele que deve ser o provável logotipo de Filhas de Eva, nova série original do Globoplay. A imagem que você vê acima foi registrada pela Globo no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Uma vez concluída essa etapa, o logotipo até pode sofrer alterações, mas essa é uma hipótese bastante remota. De todos os casos acompanhados por esse jornalista, apenas o logo de Bom Sucesso – novela das 19h que se encerrou na última sexta-feira (24) – ganhou uma nova versão.
Mesclando um tom dramático com cenas escritas para proporcionar um alívio cômico, Filhas de Eva conta a história de Stella, uma mulher que decide pedir o divórcio quando está prestes a comemorar 50 anos de casamento. Renata Sorrah e Giovanna Antonelli lideram o elenco.
Lembra dela?
Apresentadora da versão paulista do Globo Esporte por quatro anos, a jornalista Débora Meneses acertou seu retorno à TV TEM. Essa será a sua segunda passagem pela rede de emissoras que cobre 318 municípios do interior de São Paulo. A afiliada da Globo atua nas regiões de Sorocaba, Itapetininga, Bauru e São José do Rio Preto.
A novidade foi confirmada pela própria jornalista nas redes sociais: “De volta a Sorocaba, que sempre me acolheu com tanto carinho. E olha quem está por trás disso, mais uma vez… TV TEM! É um projeto novo que eu acredito que dará belos frutos”.
Na rede de afiliadas, Débora ancorou, ao lado de Marcos Paiva, a primeira versão do programa De Ponta a Ponta. Espécie de Globo Repórter local, a atração tinha um tema por semana e era exibida aos domingos, após o Fantástico. Assista a um trecho no Globoplay.
Tão logo Débora deixou a emissora, o jornalístico saiu do ar. Ele seria resgatado alguns anos depois, com a mesma proposta. Desta vez, porém, o comando ficou com Renata Golombieski, que também foi demitida. Agora, há quem aposte que a ideia é relançar o De Ponta a Ponta mais uma vez.
Se Joga tem salvação?
Para celebrar os quatro meses da estreia, faço questão de repercutir aqui um compilado de críticas que fiz sobre o #SeJoga no Twitter. Entre os vários problemas que ainda persistem, estão os games (em sua maioria, extremamente desinteressantes).
Fernanda Gentil, que tenta parecer excessivamente descolada, irrita em alguns momentos, como quando simulou um desmaio ao falar com Sandy pelo telefone. A mania de chamar a cantora apenas de “San”, para alardear a intimidade entre elas, também já desgastou.
Por mais chatos que possam ser, nenhum outro quadro chega a ser tão constrangedor quanto Doce ou Fake. É completamente indigesto – e desagradável – ver os famosos vomitando os cupcakes que simbolizam as fake news. E o mais espantoso: em vídeo publicado no Gshow, Gentil já declarou que este é seu momento favorito do programa.
Para encerrar essa pocket análise, um último conselho a toda equipe: parem de subestimar a inteligência de quem assiste. Na edição de quarta-feira (29), “camuflaram” o cantor Felipe Araújo na plateia.
De um lado, os apresentadores tentavam agir como se ele estivesse irreconhecível. Mas a caracterização absolutamente óbvia frustrou qualquer tentativa de manter o mistério.
Diante da inércia em promover alterações drásticas no formato, resta questionar o que teremos que aturar ao longo dos próximos meses. Sorte da Globo é que a concorrência é incapaz de se beneficiar de seus momentos de fragilidade.
Até a próxima!
Piero Vergílio é jornalista profissional desde 2006. Já trabalhou em revistas de entretenimento no interior de SP e teve passagens pelo próprio RD1. Em tempos de redes sociais, criou um perfil (@jornalistavetv) para comentar TV pelo Twitter e interagir com outros fãs do veículo. Agora, volta ao RD1 com a missão de publicar novidades sobre a programação sem o limite de 280 caracteres.