Ateu, Danton Mello desabafa sobre papel como médium: “Logo eu”

Da Redação

03/09/2022

Danton Mello

Danton Mello interpreta José Arigó no filme Predestinado (Imagem: Reprodução / Instagram)

Ateu, Danton Mello colocou suas convicções de lado para viver José Arigó no filme Predestinado. Em conversa com Zeca Camargo no Splash Entrevista, o ator confessou que chegou a se questionar se era capaz de fazer o trabalho.

Para quem não sabe, José Arigó foi um médium mineiro, de origem simples, que por 20 anos incorporou o espírito de Adolph Fritz, um médico alemão já desencarnado.

Através do espírito de Fritz, o brasileiro realizou milhares de cirurgias espirituais. O médium morreu em 1971, em um acidente de carro.

No papo com o jornalista, Danton Mello confessou: “Quando recebo um roteiro, gosto de me concentrar e ler tudo de uma vez. E este eu não conseguia: li as cinco primeiras e tive uma crise de choro”.

“Me questionei se seria capaz de contar essa história. Logo eu, que não acredito nisso?”, disparou.

“Mas quando terminei de ler, era a história de um homem incrível, com uma mensagem fantástica de generosidade e amor. E encarei como uma missão”, afirmou.

Interpretando um personagem duplo, o artista declarou que viveu desafios, leu livros, reportagens, assistiu vídeos e conversou com os filhos de Arigó.

“A gente também fez muita preparação de voz, facial, corporal. Fiquei 40 dias em Minas, sem voltar para o Rio nem nas folgas”, contou.

“Arigó era muito simples, humilde. E quando estava incorporado do Fritz era uma força, um homem bruto, ríspido. Eu me entreguei realmente, e também tive muito medo de soar caricato”, admitiu o famoso, que saiu da Globo há alguns meses.

“Arigó foi perseguido, preso, sempre cercado por muita desconfiança. Ele foi amado e odiado durante os anos em que curou as pessoas”, explicou.

Feliz com seu trabalho, Danton Mello entregou: “Nunca vejo os filmes que faço, sou muito cri-cri. Mas esse já vi algumas vezes e tenho muito orgulho”.

Danton Mello faz revelação

Na conversa, o ator ainda contou como passou a não acreditar em Deus e em nenhuma força superior.

“Ao longo da adolescência eu me afastei das religiões, virei um cara cético e ateu”, pontuou.

Apesar da sua crença, Mello frisou a importância do respeito com a fé de cada um: “A essência de toda religião é o amor. Perseguir alguém por sua religiosidade é muito triste. O Arigó sofreu muito com isso. A gente pode conviver muito bem acreditando em coisas diferentes, mas o ser humano é maluco”.

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