Ativista pede a prisão de Sikêra Jr por homofobia; MP avalia pedido
Agripino Magalhães, ativista LGBTQ+ e suplente de deputado federal entrou com uma ação contra o apresentador do Alerta Nacional, Sikêra Jr, pela suposta prática do crime de homofobia durante o seu programa ao vivo. O Ministério Público passou a avaliar a prisão preventiva do famoso.
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O documento foi levado ao MP na última terça-feira (11), e passou a ser analisada. A ação foi criada com base na edição do dia 5 de maio do Alerta Nacional, quando Sikêra Jr exibiu o vídeo de um grupo de jovens que invadiu uma igreja e quebrou imagens de santos.
O âncora, então, causou espanto: traçou um paralelo entre os vândalos e os homossexuais com uma citação indireta a Agripino Magalhães. “Se um policial chega aí e prende um menor desse, ‘ah, é ditadura’. Mas aí pode. Senhores, eu gosto muito de inverter as coisas. Eu vou inverter as coisas agora”, começou.
“Imagina se isso aí, imaginem se fosse uma bandeira do orgulho gay e eu rasgasse ela, ou alguém rasgue. Ave Maria! A hashtag tava comendo o fígado de quem fizesse isso”, atacou o apresentador, que continuou até a referência a Agripino:
“Ah, já aparecia os líderes, né? Associação. Tem o cabra safado lá de São Paulo, o que é suplente. Suplente de baitola, aquele safado do ventão, né? ‘Ah, eu estou representando contra ele’, o ventão vai dá o teu caneco para lá! Cabra safado”.
No pedido protocolado no MP, Agripino Magalhães disse que Sikêra Jr usou “falas medíocres, muitas vezes desprovidas de veracidade, e às vezes enaltecendo pessoas assassinadas, que ele mesmo pecha como bandidos, facínoras, sem que exista um processo ou condenação”.
A defesa do ativista pediu ao Ministério Público a abertura de um inquérito para investigação de práticas de crimes raciais e de homofobia por parte do apresentador.
“Pelo que esse indigitado elemento preconiza, para ele todos os criminosos, todos que quebram estátuas religiosas, todos são gays, como o baitola da vítima, o querelante, que o querelado não fala seu nome, mas em suas falas e na percepção cognitiva, declina o mesmo com um malfeitor, simplesmente porque é homossexual”, relatou.
“Esse elemento, além de pernicioso à sociedade, formador de opinião, busca-se, desde logo, sua prisão provisória e quando indiciado e denunciado, a preventiva, pois é um perigo para as sociedades minoritárias, e deve preso responder pelas práticas irrogadas”, encerrou.
Confira:
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].