Ato pró-democracia é visto por Globo e SBT como “histórico”; Band e Record falam pouco

Globo
William Bonner, Marcelo Torres, Christina Lemos e Eduardo Oinegue; Globo, SBT, Record e Band repercutem atos  (Imagem: Reprodução – Globo – SBT – Record – Band / Montagem – RD1)

A última quinta-feira (10) foi marcada por atos em defesa da democracia em várias regiões do país. Os canais dedicaram seus principais telejornais para notícias sobre o assunto, mas de maneiras diferentes. Enquanto Globo e SBT trataram os atos como históricos, Record e Band falaram pouco sobre o assunto.

O Jornal da Record dedicou 2 minutos e 30 segundos sobre os atos democráticos. “Cartas pela democracia são lidas em São Paulo”, anunciou. Emerson Ramos comentou sobre a intenção dos encontros: “A democracia é o único caminho para o nosso país”.

O repórter destacou que a carta foi “elaborada em resposta às críticas ao sistema eleitoral”, sem menção ao presidente Jair Bolsonaro (PL), responsável pelos principais ataques contra as urnas eletrônicas. O Jornal da Record passou a ser gravado por ordem dos bispos.

O Jornal da Band usou 3 minutos e 30 segundos da sua edição de ontem para o assunto. O repórter Filipe Peixoto afirmou que “mais de 50 manifestou em defesa do processo eleitoral e da democracia foram lidos em todo o Brasil” e contou que um deles foi lido na Faculdade de Direito de São Paulo.

O jornal pontuou que “quase todos os candidatos” à Presidência assinaram o manifestou, mas não citou que Bolsonaro foi o único que não assinou.

SBT e Globo tratam atos como “históricos”

No SBT Brasil, a menção foi clara: “Quinta-feira histórica”. Simone Queiroz foi chamada para a reportagem. O canal de Silvio Santos relatou que “cartas apartidárias” foram lidas na Faculdade de Direito de São Paulo e que houve protestos contra Bolsonaro nas ruas.

Uma segunda matéria foi feita sobre o principal ato do dia e ressaltou que houve atos semelhantes pelo país. O SBT Brasil ainda citou a repercussão política. Ao todo, mais de sete minutos do telejornal foram dedicados aos atos democráticos.

O Jornal Nacional foi além de todas as outras e dedicou mais de 30 minutos da edição para a repercussão dos atos.

Logo na escalada, William Bonner e Renata Vasconcellos trataram o evento nacional como histórico: “Onze de agosto de 2022. Na Faculdade de Direito da USP, dois manifestos pedem o respeito à democracia, às urnas eletrônicas e ao resultado das eleições de outubro”.

“[Uma] Resposta aos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral com insinuações golpistas”, explanou a Globo no JN.

O bloco de mais de trinta minutos não contou com intervalos comerciais e foi preenchido por falas importantes dos presentes, protestos contra o atual governo e a repercussão social e política sobre os atos.

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Paulo CarvalhoPaulo Carvalho
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].