Atriz trans revela expectativa para interpretar a Morte em Quanto Mais Vida Melhor

Quanto Mais Vida Melhor
A atriz trans Marcella Maia como a Morte em Quanto Mais Vida Melhor, próxima novela das 19h (Imagem: Reprodução / Instagram)

Marcella Maia, mais conhecida como A Maia, encarnará a personificação da morte em Quanto Mais Vida Melhor, próxima novela das 19h.

Na trama, ela receberá os personagens de Giovanna Antonelli, Mateus Solano, Valentina Herszage e Vladimir Brichta e dirá que os quatro ganharão uma segunda chance, mas que, em um ano, um deles deve morrer.

Em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a atriz revelou como tem enfrentado o desafio de atuar pela primeira vez utilizando recursos dos efeitos especiais.

Tem sido uma vivência desafiadora. Todos são muito generosos comigo. Aprendo demais“, contou ela, que definiu o seu papel como uma montanha-russa.

Às vezes vai para o drama; às vezes, para um lugar mais leve. Tento brincar com tudo isso. Ela é importantíssima para a novela. Apareço no começo, anunciando o que vai acontecer na vida deles, e, a partir disso, vou visitando todos“, adiantou.

Maia contou que estava em Lisboa quando recebeu o convite para participar da novela. Transexual, a artista também atua como cantora e tem no currículo a série Todxs Nós, da HBO; antes fez uma ponta como Amazona em Mulher-Maravilha (2017). “Depois disso resolvi investir nos estudos“, explicou a famosa, que fez cursos no Brasil e também em Los Angeles.

Ainda na entrevista, Maia revelou um pouco de seu passado, como o abandono da mãe aos quatro anos, e dos abusos sexuais pelos quais foi vítima. Aos quinze foi descoberta e iniciou seus primeiros passos no mundo da moda. “Organizei muitos desfiles, morava num pensionato, foi um período muito difícil da minha vida“, lembrou.  

Tempos depois sofreu novamente uma pancada ao receber um convite para trabalhar em Londres. Lá pegaram meu passaporte. Passei três meses nisso. Ficava numa vitrine que nem carne, era obrigada a me prostituir. Como não falava inglês, não conseguia nem ir à delegacia. Dói muito só de lembrar (…)”, desabafou.

As coisas mudaram ao conhecer Mark, um suíço que viria a ser seu marido e “grande amor de sua vida”: “Ficamos juntos por uns dois anos. Mas, quando decidi operar ele não ficou do meu lado, até hoje fica essa lacuna para mim: ‘Por que ele não me apoiou se a gente se amava?’“, indagou. Mark, entretanto, não a deixou desamparada: “Investi um Mini Cooper, uma Ferrari e uma Lamborghini nesse corpo“, revelou.

Ao refletir sobre sua trajetória, Marcella confessa que no começo pensava que deveria: “Provar que sou suficiente sem dizer que sou trans. Mas, há cinco anos, saí do armário. Falei publicamente pela primeira vez. Hoje em dia falo com orgulho“, garantiu.

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Da RedaçãoDa Redação
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