Autora de Um Lugar ao Sol, Lícia Manzo revela sensação ao assumir horário nobre

Lícia Manzo
Lícia Manzo, autora de Um Lugar ao Sol (Imagem: João Cotta / Globo)

Com a estreia de Um Lugar ao Sol, na última segunda-feira (8), Lícia Manzo levou um susto ao descobrir que assumiria o horário nobre da Globo. Em entrevista ao podcast Novela das 9, do Gshow, a autora do folhetim revelou:

Quando eu terminei ‘Sete Vidas’, o Silvio de Abreu [então diretor de Dramaturgia da Globo] já tinha me convidado. A minha primeira reação foi declinar. Eu realmente declinei. Eu tinha feito duas novelas das seis e falei: ‘Preciso ainda de chão’. É um negócio muito desafiador. Muita responsabilidade, muitas coisas envolvidas. (…) Depois eu apresentei uma outra sinopse, no começo de 2018. Já era dessa novela, mas eu não apresentei para nenhuma faixa“.

Escrevi uma sinopse do que podia ser a história e aí – a empresa se interessando ou não, aprovando ou não a história, e também mediante uma conversa – a gente veria para que horário se adequaria melhor. Aí o Silvio me escreveu: ‘Gostei muito, mas é uma novela das 9’. Eu não tinha mais como declinar, achei que ia ficar péssimo. Então, eu aceitei. Claro, eu fico lisonjeadíssima, pelo amor de Deus!“, disse ainda.

Não é nenhum eventual esnobismo com isso, é apenas pânico. Apenas pânico! Eu falei: ‘Então tá, vamos!’. E cá estamos. (risos). Mas, para mim, é muito difícil e desafiador. Não é um negócio que eu faça tranquilamente“, completou.

Por falar em trajetória, Lícia trouxe boas recordações até conseguir emplacar seu primeiro folhetim nas 21h:

Foi um período de muito aprendizado, porque foram quatro novelas: ‘A Vida da Gente’, ‘Sete Vidas’, ‘Jogo da Memória’ — novela das 23h que, embora não exibida, escrevi inteira, então todo aprendizado intrínseco está aí — e ‘Um Lugar ao Sol’. Então acho que é aquela história das horas de voo: o piloto pode ser bom, mas acho que as horas de voo são determinantes também“.

Foi um período de muito erro e acerto, de muito ‘não, não é por aqui’, de também ver os trabalhos no ar. Foi muito intenso do ponto de vista do meu ofício, muito rico. Também gosto muito de trabalhar nessa empresa, sempre criei aqui com muita liberdade, sempre pude tratar dos temas que me são caros. Tenho essa sorte de trabalhar num lugar bacana, bom, onde os produtos vão ao ar de uma forma bacana, bem acabada“, confessou.

Questionada sobre como foi driblar a pandemia para conseguir gravar o folhetim, Lícia abriu o jogo:

Não é justo, não é leal comparar ‘Um Lugar ao Sol’ com uma novela produzida fora da pandemia. (…) Com relação à reação do público, realmente, isso é uma subtração, né? A gente gravou finais alternativos justamente para poder escutar um pouco o que o público vai nos responder às histórias, essa é uma forma que a gente teve de se adiantar. Mas veio um bônus nisso“.

Com a história da pandemia – não que ninguém deseje isso, Deus que me perdoe, nunca mais -, a gente acabou tendo um tempo maior para a feitura da novela. Isso tanto na feitura dos capítulos quanto na direção. Nesse sentido a gente pôde se aproximar até de uma levada mais de seriado, onde você tem um tempo maior de elaboração das coisas. O que, de certo modo, te coloca em menos risco, porque você está produzindo algo com mais tempo“, finalizou.

Para quem não sabe mais detalhes do enredo, a história passa pelos irmãos gêmeos Christian e Christofer (Cauã Reymond), que são separados ainda bebês após a morte da mãe no parto, em Goiânia.

Com isso, Christofer é adotado por um casal do Rio de Janeiro e ganhará o nome de Renato pelos pais adotivos. Christian, por sua vez, é deixado em um abrigo pelo pai biológico.

Por conta da separação, os irmãos crescem com realidades de vidas completamente diferentes, além de personalidades, sem saber da existência um do outro. O destino deles acabou mudado após eles se cruzarem por conta de uma tragédia. Christian, então, assumiu o lugar do irmão a partir deste momento.

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Da RedaçãoDa Redação
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