Com a falta de passatempos como os nossos, as conversas viram uma das maiores distrações no BBB 2022. Juntos, Eliezer e Lucas estavam refletindo sobre o reality show, e entendendo o privilégio de serem brancos, frente a participantes como Vinicius, Luciano e Jessilane.
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Tudo começou com a dupla elogiando a trajetória de vida de Vyni, que serviu como aprendizado para olhar a própria com outra perspectiva.
Eliezer, por sua vez, viu um lado positivo em ser da Pipoca: “Nós temos uma vantagem: a galera não tem expectativa nenhuma sobre a gente. É um mundo novo”. O outro brother argumentou: “Quando o cara é conhecido, tem quem goste e quem não goste”.
O carioca retomou a palavra para analisar o ponto mais polêmico de ser um participante do Camarote:
“E outra coisa… Quando você vira famoso, você é uma pessoa que tem que ser perfeita. As pessoas imaginam uma conduta perfeita na vida; e aqui você está exposto no seu dia a dia. Ninguém tem expectativa nenhuma sobre a gente. Em relação a um cara como o Pedro, a Nayara, o Tiago..o Tiago é grande, ele é bem famoso”.
Tendo isso em vista, Lucas elogiou a postura de Tiago Abravanel no confinamento: “Ele não vai ser uma estrela, ele já é uma estrela”.
O privilégio de ser branco no BBB 2022 e na vida
Eliezer pontuou que os dois — e mais alguns outros — tem uma posição confortável de vida e precisam ter consciência disso:
“A gente não pode nem imaginar o que aconteceu e ele está aqui.. Por exemplo, eu, você, Rodrigo, nós somos diferentes, mas a gente não viveu assim a fundo a realidade de muitos aqui. Eu não vivo em uma bolha, mas eu não sei o que ele passou na vida. A gente não viveu na pele. Pela cor da nossa pele, a gente é privilegiado pra caral#o. A gente não consegue imaginar o que o Vyni, o Luciano, a Jessi, o que essa galera sofreu”.
O capixaba concordou com tudo que ouvia: “Eu sou total privilegiado, mano. Não tenho que reclamar de nada. Foi o que eu falei ontem, o Luciano tá me ensinando muito. Com certeza nossas conversas vão romper bolhas”.
O designer pontuou que eles acabam aprendendo com tudo isso e fez uma reflexão histórica: “É aquilo, cara. A gente tem uma dívida e quando falo ‘a gente’ é a sociedade, muito grande com as pessoas que não são no padrão. O que o machismo determinou há décadas, entendeu?”.
“E quando vemos um diálogo assim a gente mostra um lado está disposto a escutar, a aprender; e o outro lado não precisa ser radical, cara. Se eu falar alguma merda, por favor me corrige. Eu não nasci sabendo”, clamou Lucas, entregue ao assunto.
“Isso! A gente pode falar alguma coisa sem querer mesmo, ofender uma pessoa seriamente e a gente nem imaginar porque a gente não sabe a vivência do cara”, finalizou Eli.
Oficialmente redator desde 2017. Experiências como editor e social media. Já escrevi sobre famosos, TV, novelas, música, reality show, política e pauta LGBTQIA+. Vídeos complementares no YouTube, no canal Benzatheus.