Beth Goulart voltou a falar sobre a participação marcante de sua mãe, Nicette Bruno (1933 – 2020), na novela A Vida da Gente, produzida em 2011, cuja reprise chegou ao fim na semana passada.
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Na ocasião, a atriz postou o trecho de uma cena final, na qual a personagem de Nicette faz uma linda e profunda declaração sobre o tempo e declarou:
“O tempo é fundamental para a compreensão da vida. Meu amor ao tempo e a tudo o que ele representa. Só o amor ultrapassa seus limites, com amor aprendemos o valor da eternidade”.
Na cena, Nicette afirma: “Quem teve o privilégio de viver muito sabe que o tempo é um mestre muito caprichoso. Às vezes suas lições são tão repentinas que quase nos afogam”.
“Às vezes elas se depositam como um conta gotas, diante da avidez de nossas perguntas. E por isso, quem teve o privilégio de viver muito tempo, como tantos amigos aqui, aprendem a olhar com serenidade o turbilhão da vida”, prosseguiu.
“Amores ardentes se extinguem, urgências se acalmam, passos ágeis ralentam… Enfim, tudo muda. Muda o amor, muda as pessoas, muda a família… Só o tempo permanece do mesmo modo, sempre passando”, filosofou.
“E é por isso que eu queria erguer um brinde a ele, que esculpiu no meu rosto a sua marca, da qual tanto me orgulho”, completou. Nos comentários, os fãs puderam se emocionar mais uma vez.
Em recente entrevista ao jornal O Globo, Beth Goulart disse que a assiste nas reprises que estão passando na Globo. Atualmente, Nicette pode ser vista também na reprise de Ti Ti Ti, no Vale a Pena Ver de Novo:
“Isso é uma coisa maravilhosa do artista. Ele consegue transcender a sua própria morte e continuar presente. Ver a minha mãe todos os dias na televisão é uma forma de estar mais perto dela. Principalmente em A Vida da Gente, em que a personagem tem muita semelhança com ela na vida real”.
Na trama, a atriz interpretava a personagem Iná, com um texto delicado e profundo da autora Lícia Manzo, enquanto na trama de Maria Adelaide Amaral, faz parte do núcleo cômico.
“Eu estou tendo que aprender a ser a minha própria mãe. É um processo de fortalecimento interior. Quando perdemos alguém importante na vida, aprendemos a vê-la dentro da gente”, revelou Beth.
“Esse processo todo acaba gerando um amadurecimento inevitável. Às vezes, a gente começa a fazer um projeto sem entender o porquê e nos surpreendemos. Começamos a escrever falando sobre o luto pela morte do meu pai e eu terminei falando também sobre a mamãe”, completou, citando o livro que está escrevendo, chamado Viver é Arte.
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Redator Publicitário e Gestor de Marcas. Formado em Comunicação Social pela UFRN, escreve desde 2011 sobre o universo televisivo, séries, filmes e novas mídias de forma conectada com as tendências da atualidade.