Bolsonaristas, apoiadores fanáticos do presidente Jair Bolsonaro, estão incentivando que um projeto de uma organização da extrema direita dos Estados Unidos seja trazido para o Brasil. O foco? Desacreditar jornalistas, empresas de comunicação e multinacionais da tecnologia.
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De acordo com as informações do jornal O Estado de S. Paulo, trata-se do Projeto Veritas, que apoia o governo do atual presidente do país norte-americano, Donald Trump. O método principal está na criação de situações para filmar e, posteriormente, editar de forma seletiva conversas informais de jornalistas e executivos sobre política e suas empresas.
Allan dos Santos, sócio do site Terça Livre, se encontrou há oito dias com executivos do projeto, em Washington, durante a convenção do Conservative Political Action Conference (CPAC). O evento reuniu líderes da extrema direita mundial, como o inglês Nigel Farage (Ukip) e o espanhol Santiago Abascal, líder do partido Vox.
Allan disse recentemente que um “cineasta ia fazer uma emissora brasileira se borrar toda em breve”. “Eles usam câmeras escondidas para desmascarar os jornalistas comunistas. Quando teremos algo assim no Brasil?”, questionou no último dia 29 sobre o projeto.
Ao que parece, Allan e o Projeto Veritas são simpáticos um ao outro. Recentemente, os estrangeiros compartilharam uma publicação do sócio do Terça Livre. O método que virou desejo dos bolsonaristas foi criado em 2010.
Ainda de acordo com a reportagem, quem se manifestou a favor da chegada do projeto da extrema-direita foi o deputado e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O objetivo, segundo ele, é “desmascarar” a atuação da “mídia esquerdista”.
“O Projeto Veritas parte de uma visão que, se não é desonesta, e de má-fé é, no mínimo, ingênua sobre um ramo de atividade humana que trabalha com o conhecimento. O que interessa não são as crenças dos jornalistas, mas se eles fazem seu trabalho de forma honesta e se existem critérios de verificação no seu trabalho e no das empresas”, disse Marcelo Träsel.
