A demissão de Adrilles Jorge da Jovem Pan News rendeu muito assunto no Twitter. Desde ontem (9), bolsonaristas estão criticando o canal de notícias por causa da postura, que foi tomada depois o comentarista fez suposta saudação nazista em programa.
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“Não assisto mais a Jovem Pan até que o Adrilles volte”, disparou um internauta. “Gente a @JovemPanNews se tornou um #JovemKlan… a questão não é só essa, mas sim que tá chato para um K ralho!!!”, declarou outro.
Um terceiro usuário do microblog disse: “É preciso separar o que parece do que de fato é. Criminalizar um simples tchau dentro de um contexto em que o @AdrillesRJorge demonstrou em sua opinião todo seu horror e nojo a qualquer regime genocida (nazismo, comunismo e afins). Pura perseguição”.
Depois da demissão, Adrilles Jorge acusou o dono do veículo. Para a colunista Monica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o comentarista declarou que o dono da Jovem Pan, Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, telefonou depois do programa e o destratou.
“Ele disse: ‘É surreal o que você fez, uma saudação nazista. Você fez uma merda, uma imbecilidade’. Me chamou de imbecil, me assediou moralmente”, disparou o ex-apresentador. “Acho que ele não tinha tomado o Rivotril [remédio usado para tratar distúrbios de ansiedade] dele direito”, comentou.
Adrilles ainda apontou: “Eu disse a ele que dei apenas um tchau. Ele falou que a Jovem Pan ia perder patrocínio, anunciantes. Comunicou que eu estava suspenso”.
Depois que o telefonema foi encerrado, no entanto, ele soube que, na verdade, estava demitido. “Fui demitido por quê? Porque dei um tchau? Ou porque ele [Tutinha] não aguentou a pressão da turba, dos canceladores? Ele cedeu à grana, aos influenciadores, à turba sedenta de sangue“, comentou ele.
Adrilles Jorge se explicou em rede social
O ex-BBB negou que o gesto tenha relação com o nazismo e disse que estava apenas dando “tchau” no encerramento do programa.
“A insanidade dos canceladores ultrapassou o limite da loucura. Depois de um discurso meu veemente contra qualquer defesa de nazismo, um tchau é interpretado como um saudação nazista”, disparou o comentarista da Jovem Pan.
Adrilles, então, encerrou em seu perfil: “Nazista é a sanha canceladora que não enxerga o próprio senso assassino do ridículo”.
No programa, por sua vez, ele disparou: “O nazismo matou 6 milhões de judeus, o comunismo matou mais de 100 milhões de pessoas e hoje é visto aqui no Brasil como uma coisa livre, absolutamente liberada, com partidos normalizados”.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]