Boris Casoy foi mais um nome do meio televisivo que detonou Monark, influenciador que propagou falas nazistas e antissemitas no Flow Podcast na segunda-feira (7). Comentarista da CNN Brasil, o veterano usou seu canal no YouTube e chamou o jovem de “canalha”.
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O âncora cobrou providências por parte da Justiça contra o apresentador. “Vem um idiota, despreparado, canalha!”, disparou. “Canalha!”, repetiu. “Com uma proposta desse tipo, com a liberdade de ser antissemita, de ser antijudeu, não soube nem explicar”, analisou.
Boris Casoy reforçou que Monark se mostrou “despreparado, nojento, abjeto, criminoso”, e elogiou a postura da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), que confrontou as declarações de Monark, ao contrário do que fez o deputado Kim Kataguiri (Podemos-SP).
Boris Casoy massacra Monark em jornal
O jornalista disse que “isso não pode ser suportado, a liberdade de expressão tem limites, você não pode defender o assassinato de pessoas, você não pode defender a morte em série, como o nazismo fez”. Casoy discursou:
“Você não pode defender um regime que defenda a predominância de uma raça sobre outra, se é que existe raça. Isso não admite discussão. Essa ideologia enterrada há muito tempo é crime no Brasil”.
O apresentador lembrou que “a liberdade de expressão tem limites e nesse caso ela bate numa ideologia nazista difundida pela internet que deu voz à ignorância, à barbaridade”, argumentou.
“Pessoas que sem nenhum conceito de história, de educação, de memória, despreparadas, têm acesso e cometem as barbaridades que esse cara cometeu ontem e que chegam e explicam para a gente que falaram isso porque estavam bêbados, não dá para aceitar isso”, rebateu.
Em conversa com Tabata Amaral e Kim Kataguiri, Monark surpreendeu e disse que “se um cara quisesse ser antijudeu, eu acho que ele tinha o direito de ser”.
“Você vai matar quem é antijudeu? Ele não está sendo antivida, ele não gosta dos ideais [dos judeus]”, argumentou ele, que foi alertado por Tabata: “O judaísmo é uma identidade, uma religião, uma raça”.
Após a repercussão, o youtuber culpou a bebida por sua declaração antissemita: “Eu estava bêbado, fui insensível, errei na forma que eu me expressei e dá a entender que estou defendendo coisas abomináveis. Peço desculpas à comunidade judaica e convido os representantes dessa comunidade para virem conversar comigo e me explicarem sobre toda a história”.
Confira:
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].