Atualmente falando abertamente sobre sua orientação sexual, Bruna Linzmeyer contou que se recusou a esconder sua homossexualidade há alguns anos pensando nos trabalhos que poderia perder como atriz.
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Durante sua participação no podcast Pod Delas, a famosa recordou quando falou sobre o assunto pela primeira vez: “Foi em 2015, eu já estava há cinco anos na TV. E já namorava a Kitty (Féo, a cineasta), que foi minha primeira namorada, há uns bons meses”.
A artista ainda contou que sua equipe cogitou que ela negasse a informação que foi divulgada na mídia, ela se recusou e resolveu encarar a situação.
“Aí foi muito esquisito no começo. A gente tinha umas publicidades marcadas para aquela semana e para a semana seguinte, e as coisas foram cancelando. (Diziam): ‘não vai mais acontecer e tal’“, disse.
Passado o primeiro impacto, Bruna Linzmeyer viu o cenário inverter. “As coisas foram se construindo de um outro jeito”, pontuou a global, que seguiu trabalhando sem esconder sua orientação sexual.
“Hoje em dia as pessoas me chamam porque eu sou sapatão também. Querem estar comigo porque eu tenho e tive essa coragem. E hoje em dia é mais tranquilo falar disso do que era naquela época. Então tem muitos trabalhos, tanto no cinema ou na publicidade, de pessoas que chegam perto de mim porque gostam de quem eu sou“, declarou.
Em recente entrevista à coluna de Heloísa Tolipan, a artista também falou sobre o assunto: “Conheço atrizes mais velhas que perderam contratos ou assinaram termos dizendo que não poderiam falar com quem namoravam nem aparecer publicamente. Esse medo, portanto, era real. Era pautado numa história. Mas, no meu caso, o mundo estava vivendo uma curva, e acho que pude contribuir para isso”.
“Quis fazer isso em 2011, quando acabou ‘Insensato coração’, mas disseram que poderia me atrapalhar com os trabalhos. Acolhi o medo dos outros e não deixei o meu desejo se colocar”, disse.
Bruna Linzmeyer fala sobre personagem em Pantanal
Cabe lembrar que a atriz está no ar como a Madeleine em Pantanal. Sobre a esposa de José Leôncio, a intérprete entregou: “É a solidão de uma mulher que abre mão de tudo para estar com o marido, enquanto ele não abre mão de nada”.
“Não é uma história incomum, infelizmente. Tem uma intensidade, numa vivência das mulheres, dessa solidão, desse corpo capturado pelo casamento, pela maternidade, por escolhas que não necessariamente foram suas, mas você se vê enredada”, pontuou.
“Encontrei, no próprio Pantanal, pessoas como Madeleine. Sentiam-se presas e sozinhas. Precisavam ir embora, mas não conseguiam, ainda que pudessem”, revelou.
