Bruna Linzmeyer não vê problema em falar sobre sua intimidade nas relações e surpreendeu ao comentar sobre seu relacionamento aberto, durante entrevista ao podcast da revista Marie Claire.
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Na ocasião, ela debateu o tema e revelou como funciona a questão do ciúme e contou se “vale tudo” nesse tipo de amor. “Eu já caí em diversas armadilhas da normatividade”, iniciou, ao detalhar:
“Comecei em relações monogâmicas, heterossexuais, e depois fui entendendo que o mundo não é só o que costumam mostrar pra gente. Eu já tive relações não monogâmicas de diversos tipos e já atravessei muitos medos, angústias e muitos conflitos, e também muitas coisas brilhosas pelo caminho, que fizeram e fazem muito sentido pra mim”.
Hoje, ela namora a DJ e artista visual Marta Supernova e contou que decidiu que, desde a adolescência, já havia decidido não se casar: “Veio daí um pouco da minha recusa à heteronormatividade compulsória, quase que obrigatória, e também o questionamento de uma monogamia”.
Com relação aos limites, ela explicou que tudo funciona com base em códigos: “No caminho descobri que, às vezes, os códigos eram só inseguranças minhas que precisei pra começar e depois fui por outro caminho”.
“Mas nada é muito fixo, uma relação se constrói vivendo ela. Já tive uma relação que começou aberta e a gente fechou em algum momento e depois abriu de novo. Não existe uma regra e acho que isso é uma coisa muito interessante. Tudo é possível”, prosseguiu.
Ela disse que mantém uma relação de amizade com as pessoas com quem se relaciona fora do namoro:
“A vida vai juntando mais gente nesse grupo. Acredito que quando a gente se relaciona sexualmente com alguém, a gente troca um nível de energia muito fundo. Isso chega até mim de alguma maneira”.
“Não pode ficar com alguém do nosso círculo comum de amizades, por exemplo. Tem regras que a gente vai construindo e eu entendo e respeito que são importantes pra gente”, explicou.
“Depois de ter feito uma lista gigante entendi que algumas não faziam sentido e eram uma super insegurança, e eram até regras que eu não gostaria de cumprir”, contou. Quanto ao ciúme, ela confessou:
“Já tive aquela sensação de perder o chão, caindo em um abismo. E já tive uma sensação muito bonita de que essa pessoa deve ser muito legal, ‘me apresenta quando você se sentir confortável?’. Às vezes a gente pensa muito na saúde mental do casal, mas como a gente cuida dessa terceira pessoa que está envolvida? Às vezes a pessoa que entra no casal fica muito vulnerável e é uma coisa que temos que pensar e construir também”.
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